Um homem, de 23 anos, e a filha dele, de apenas 2, ficaram feridos após serem atingidos por fogos de artifício, na madrugada de sexta-feira (1º/1), durante uma comemoração de Ano-Novo, na QNO 20 da Expansão do Setor O, em Ceilândia.
De acordo com Joel Luiz da Silva Ferreira, estilhaços caíram sobre ele e a bebê enquanto a família passava pela rua em que ocorria uma grande festa de Réveillon, por volta de 2h.
“Eu tinha saído da igreja e chegava na casa da minha cunhada para desejar ‘feliz Ano-Novo’. Vi que tinha muita gente e não queria passar pela rua por causa das minhas filhas, mas era o jeito. Não cheguei nem a dar 10 passos e fui atingido”, lembra o técnico em enfermagem.
Conforme a sobrinha dele, que testemunhou o ocorrido, Joel chegava em sua casa para que a família fosse, de lá, para a residência de uma vizinha, na mesma rua. “Nós estávamos indo para um churrasco ao lado, a umas cinco casas da minha. Então, saímos e fomos passando pela multidão para chegar lá. Foi quando um homem apontou um rojão para o lado e estourou. Eu só vi meu tio correndo e a neném chorando”, relata Daniele Pereira da Silva, 22 anos.
O pai chegou a abraçar a filha na tentativa de protegê-la, mas a criança acabou sendo ferida também. “A rua estava muito lotada e um rapaz estava soltando fogos. Todo mundo pedia para ele parar e mesmo assim ele continuava. Meu tio estava com a bebê de 2 anos no colo e a mulher dele estava com a outra, de 6 meses”, narra Daniele.
“Na hora que aconteceu, eu vi que ele colocou a mão no rosto e só tinha sangue. Achei que a neném estava só chorando de assustada, mas ela também foi atingida, na perna e um pouquinho no rosto”, completa ela.
Em seguida, a família transportou os dois para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A menina recebeu alta no mesmo dia. Já o pai, foi transferido para o Hospital de Base, onde precisou fazer uma cirurgia no rosto, e só voltou para casa no sábado. O caso foi noticiado inicialmente pelo site Diário de Ceilândia.
Segundo Joel, a pequena ainda está com a perna queimada e sente dores. “Na hora, eu a abracei e coloquei o rosto na frente dela, mas ainda assim ela ficou bastante ferida. Foi muita irresponsabilidade da pessoa”, lamenta.
No dia 1º, a família de Joel registrou um boletim de ocorrência na 24ª Delegacia de Polícia (Setor O). O crime é investigado como “lesão corporal culposa”.
Fonte: Metrópoles