O Governo do Estado do Paraná, por meio da Polícia Civil, informa que irá abrir processo administrativo por quebra de contrato contra o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (NC-UFPR), que decidiu unilateralmente suspender a aplicação das provas agendadas para este domingo (21), poucas horas antes do início do concurso e sem qualquer notificação anterior.
Além de indenização no limite da Lei 8666/93, o processo poderá acarretar também o impedimento do NC-UFPR de contratar com o Governo do Estado do Paraná por dois anos.
Em razão das alegações para o cancelamento do concurso, o governo esclarece que toda a organização, inclusive as medidas de segurança que deveriam ser adotadas durante a prova, eram de responsabilidade o NC-UFPR, de acordo com o contrato firmado com a Polícia Civil.
Assim que foi notificada da suspensão, a Polícia Civil encaminhou ofício ao NC-UFPR requisitando os motivos ensejadores da medida adotada pela Banca contratada, já que, até então, o núcleo reportava a plena viabilidade de aplicação dessas provas.
O Governo do Estado do Paraná e a Polícia Civil cobram o esclarecimento imediato de todos os fatos que levaram à decisão da suspensão.
O Governo do Estado do Paraná considera inaceitável a ação unilateral e sem informação prévia ou justificativa válida do NC-UFPR. Assim como injustificável que os mais de 100 mil candidatos, vindos de diversos lugares, que investiram tempo e recursos para participar desta prova, tenham sido informados do cancelamento no dia do concurso.
Prova de concurso da Polícia Civil do PR com 106 mil candidatos é suspensa por risco à saúde
A organização do concurso público da Polícia Civil do Paraná suspendeu a realização da prova prevista para acontecer neste domingo (21). O processo seletivo abriu 400 vagas para delegados, investigadores e papiloscopistas.
Até a última atualização desta reportagem, não havia sido definido nova data para a realização da prova.
A publicação do adiamento foi feita às 5h42 deste domingo.
Conforme documento, a organização alegou que durante “a última checagem realizada na madrugada” foi constatado que não havia condições de segurança indispensáveis para a realização da prova em todos os locais de Curitiba e Região Metropolitana.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, ainda de acordo com o texto, tais condições poderiam “colocar em risco a integridade das avaliações e o tratamento isonômico dos candidatos”.
Segundo a organização, a prova aconteceria em 350 locais em Curitiba e 19 em outras cidades do estado para cerca de 106 mil candidatos. (G1)