Em plena luz do dia, por volta das 12:00 horas, dois homens foram executados em plena área central de Altônia.
EXECUÇÃO. Elissandro da Silva Martins, 39 anos, foi alvejado por ao menos 15 disparos ao descer pela porta do motorista de seu veículo, um VW Saveiro preta, em frente a sua casa, segundo a Polícia Civil. A vítima não teve sequer a chance de reagir e o corpo caiu ainda junto a porta aberta do veículo. Já o comerciante Everson Santos da Silva, de 28 anos, o Pelé, foi atingindo por um único disparo e caiu a poucos metros do veículo já sem vida
Morreu ‘de graça’ Segundo o delegado da Polícia Civil de Altônia, Reginaldo Caetano, Everson Santos morreu ‘de graça’. A vítima era proprietária de um lava-jato na cidade e acompanhou Elissandro Martins até a casa deste para voltar com a Saveiro, que seria lavada. Everson Santos estava no banco do passageiro e possivelmente ao ouvir os disparos se assustou, saiu do carro e correu. Ele caiu ainda no asfalto quando tentava fugir dos criminosos. Pelo serviço de limpeza do veículo o trabalhador receberia R$ 40.
O crime Segundo o delegado Reginaldo Caetano, as primeiras informações são de que as vítimas chegaram na Saveiro e ao estacionar, um outro veículo preto (ainda não identificado) tenha parado atrás da Saveiro e seus ocupantes desceram e começaram a efetuar disparos contra Elissandro Martins, que estava saindo do seu carro.
Após os atiradores miraram em Everson Santos. A rua Margarida dos Santos fica em um bairro novo, na saída para Iporã. Há a avenida principal e ruas transversais. O crime foi na segunda via, formada por apenas uma quadra e sem saída, o que reduziu as chances das vítimas escaparem com vida.
Armas No local foram recolhidos cápsulas de pistola nove milímetros e de um fuzil calibre 223, de uso restrito, segundo a Polícia Militar, que isolou a via até a chegada de um perito criminal e do IML. Ainda segundo o delegado, Elissandro Martins já havia cumprido pena por se envolver em um homicídio em 2010. Já Everson Santos não tinha qualquer passagem pela polícia.
“O Pelé (Everson Santos) era um menino muito humilde e trabalhador. Uma lástima o que zeram com ele. Há pelo menos quatro anos ele e o irmão trabalhavam com o lava-jato. Ele apenas foi levar um cliente para trazer o carro e lavar. Não merecia o que aconteceu”, relatou ao Ilustrado o proprietário do terreno onde o comércio da vítima funciona. Ele preferiu não se identificar.
Ele foi ao comércio organizar e fechar as portas após os familiares de Pelé se deslocarem para o Instituto Médico Legal (IML) de Umuarama, para onde os corpos das vítimas foram levados. (Umuarama Ilustrado)