A Delegacia de Polícia Civil de Três Marias, na região Central de Minas Gerais, investiga o caso de uma adolescente de 12 anos que teria sido estuprada pelo padrasto, 34, depois de ser supostamente dopada pela própria mãe, 39.
A denúncia da adolescente chegou ao conhecimento das autoridades na última semana, quando a garota teria contado para a avó sobre a violência sexual. O padrasto e a mãe dela chegaram a ser detidos, mas foram liberados por falta de indícios que justificassem a prisão dos dois (veja detalhes abaixo).
No registro da ocorrência realizado junto à PM, a avó da adolescente disse que a neta contou, na sexta-feira (2), que o padrasto abusou sexualmente dela durante a madrugada da quinta-feira (1º). A menina visitava a casa da mãe e estava passando o fim de semana por lá, já que mora com o pai em Belo Horizonte.
“Dopada”. Segundo narrou a adolescente, a mãe dela teria dado algum medicamento que a fez ficar bastante sonolenta. Na madrugada, o padrasto teria ido até o quarto em que ela dormia e começado a violentá-la. A menina ainda disse que tentou pedir ajuda ao irmão, mas que ele também parecia estar “dopado” e que não acordou com os gritos de socorro. Além de não conseguir ajuda, a adolescente narrou que a mãe acompanhou toda a violência contra ela de perto.
Depois de receberem a denúncia, policiais militares realizaram diligências e localizaram o padrasto e a mãe da garota. A mulher permitiu que os agentes entrassem na residência e entregou medicamentos que mantinha no local. Além dos comprimidos, nenhum outro vestígio relacionado à situação foi encontrado.
Exames. A adolescente foi levada a um hospital da região e uma médica constatou alteração nas partes íntimas dela. No entanto, a garota foi encaminhada para outra unidade de saúde para ser submetida a exames mais detalhados, além de ser medicada para prevenir uma possível gestação ou doenças relacionadas à violência sexual. Ela não foi ouvida no momento por ter sido levada ao médico, o que deve ocorrer em breve.
Padrasto e mãe liberados. Depois de serem detidos, o padrasto e a mãe da adolescente foram levados para prestar esclarecimentos. Eles negaram qualquer crime e foram liberados. Segundo informa a Polícia Civil por meio de nota (veja na íntegra ao fim do texto) “a autoridade policial não ratificou a prisão em flagrante por falta de indícios e elementos que justificassem a medida”. A investigação do caso, contudo, segue em aberto na Delegacia de Três Marias. Além da Polícia Civil, o Conselho Tutelar também se mobiliza para prestar acolhimento e suporte à adolescente.
Nota da Polícia Civil na íntegra. “A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o caso foi registrado na última sexta-feira (2/4), em Três Marias. Os suspeitos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Plantão de Curvelo, onde foram ouvidos e liberados, após negarem o crime. A vítima não foi ouvida, pois foi encaminhada para um hospital em Sete Lagoas para atendimento médico. Nenhuma testemunha foi apresentada no momento da condução dos suspeitos e não havia exame de corpo de delito. Sendo assim, a autoridade policial não ratificou a prisão em flagrante por falta de indícios e elementos que justificassem a medida. A investigação segue em andamento a cargo da Delegacia de Polícia Civil de Três Marias”.
Fonte: BH.AZ.