Em erupção desde a última sexta-feira (9), o vulcão caribenho La Soufriere tem espalhado suas cinzas pelo mundo. A fumaça saiu da ilha de São Vicente, onde está localizado, já chegou à África e foi percebida em diversos pontos das Américas, inclusive o Brasil. Os gases cinzentos foram verificados nos estados do Amapá, Roraima, Amazonas e Pará.
As cinzas do La Soufriere ficaram evidentes em imagens de satélite obtidas pela MetSul Meteorologia. As correntes de vento são apontadas como fator que colaborou para levar o material particulado até o Brasil.
O registro de dióxido de enxofre vulcânico sobre a região Norte foi feito pelo sensor Tropospheric Monitoring Instrument (TROPOMI). De acordo com o MetSul, o equipamento está a bordo do satélite Sentinel 5 Precursor, parte do programa europeu Copernicus, que faz observação da Terra.
FORA DE PERIGO. Segundo o MetSul, as cinzas do vulcão estão a até 16 quilômetros de altura. Nessa altitude, a fumaça não oferece qualquer perigo para as pessoas na superfície da Terra. Antes de entrar em atividade na sexta-feira (9), o vulcão La Soufriere estava inativo por décadas. Após a erupção, cerca de 16 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. A pandemia de coronavírus deixou a situação ainda mais delicada para os moradores da ilha de São Vicente. Não há registros de feridos até o momento.
O vulcão está em atividade desde o dia 9, mas a maior explosão foi registrada na segunda-feira (12). A erupção provocou rios de lava quente, projetou fragmentos de rocha e exalou gás. De acordo com a BBC, cientistas alertaram que as erupções podem continuar por dias ou até semanas.