Os preços do petróleo dispararam nesta terça-feira (6) pelas divergências entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros, por meio da aliança Opep+, o que pode limitar a produção nos próximos meses.
O barril de WTI para entrega em agosto, referência nos Estados Unidos, passou de US$ 76,90 pela primeira vez desde novembro de 2014, chegando a US$ 76,98. Às 8h45 GMT (5h45 em Brasília), subia 1,92%, a US$ 76,60.
Já o barril de petróleo bruto Brent do Mar do Norte para entrega em setembro, referência na Europa, subiu para US$ 77,84 pela primeira vez desde o final de outubro de 2018. Às 8h45 GMT, era negociado a US$ 77,58, com uma alta de 0,54% em relação à véspera.
“A falta de acordo sobre os aumentos de produção em agosto e mais para frente deixa o mercado ainda mais deficitário do que antes”, disse Neil Wilson no site Markets.com.
Os membros da OPEP+ cancelaram a reunião marcada para segunda-feira (5), devido ao desentendimento entre os Emirados Árabes Unidos e o restante do grupo. Ainda não há uma nova data para um próximo encontro.
Se a situação não se resolver, o fracasso das negociações pode levar à renovação, em agosto, das cotas de produção aplicadas em julho. Na prática, isso significará não aumentar a produção.