O Paraná é líder nacional em doações de órgãos, conforme dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). O número de doações no Estado é de 33,0 por milhão de habitantes (pmp), mais que o dobro da média do Brasil, que fechou o primeiro semestre com 13,7 pmp.
A posição do Estado foi destacada pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, no Dia Nacional da Doação de Órgãos, instituído pela Lei nº 11.584/2007 e comemorado nesta segunda-feira (27).
Outro ação do dia foi que as prefeituras do Paraná se uniram e veicularam uma campanha digital, apoiada pela Secretaria de Estado da Saúde, voltada à importância de comunicar os familiares sobre o desejo de ser doador. A ideia é que a pessoa que tem a intenção de doar, marque um familiar ou encaminhe a publicação para deixar explícito essa vontade.
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“Mesmo em meio à pandemia, o Paraná se manteve na liderança nacional de doações, graças à solidariedade dos paranaenses. Aceitar doar os órgãos de um familiar não é nada fácil, mas é um gesto que salva vidas, um ato de amor, de solidariedade humana e cristã”, disse o secretário.
Neste ano foram 275 doações efetivas, que resultaram em 462 transplantes de órgãos e 501 transplantes de córneas. Uma única pessoa sendo doadora pode possibilitar a realização de até dez transplantes. No Paraná, mais de 2,4 mil pessoas aguardam por uma doação.
No Brasil, as doações de órgãos ocorrem somente após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida a vontade de ser doador. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer dúvidas e receberem orientações quanto à possibilidade da doação de órgãos.
TRANSPLANTES – No último ano, o Estado teve 1.161 notificações de potenciais doadores e 475 doações efetivas, as quais corresponderam a 698 transplantes de órgãos sólidos realizados no Estado. Na análise dos dados nacionais, o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) destaca que apenas três unidades da federação ultrapassaram 30 transplantes renais pmp – Paraná, São Paulo e Distrito Federal. O Estado atingiu 36,5 pmp, acima da média nacional, de 19,2 pmp.
O Paraná também está entre os três estados que mais realizaram transplantes hepáticos (fígado) com 15,8 pmp, enquanto a média brasileira é de 8,7 pmp. Já com relação a transplantes de pâncreas, o Paraná está entre os cinco estados que realizaram o procedimento.
COVID-19 – No Paraná todos os potenciais doadores de órgãos estão sendo testados para o Covid-19, através do exame RT-PCR, garantindo segurança aos receptores e tranquilidade aos profissionais de saúde envolvidos no processo.
ESTRUTURA – O Estado conta com uma Central Estadual de Transplantes responsável pela área administrativa e plantão da instituição, localizada em Curitiba, além de quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPO) – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.
Estes centros trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. Ao todo são cerca de 700 profissionais envolvidos, entre eles 23 equipes de transplante de órgãos, 25 centros transplantadores de córneas e quatro bancos de córneas em atividade – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel.