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O paranaense Luiz Rodrigo Grochocki é o novo vice-presidente do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica (Condpc). A eleição ocorreu em reunião do conselho nesta sexta-feira (5) durante a InterForensics 2021, evento da polícia forense, realizado durante a semana, em Foz do Iguaçu.
Grochocki é diretor-geral da Polícia Científica do Paraná e assume a vice-presidência para a Região Sul do País. Na mesma reunião ficou definida a participação do Paraná na Rede Nacional Integrada de Perfis Balísticos. O Estado vai abrigar o laboratório que dará suporte à rede.
Durante três dias da InterForensics 2021 aconteceram reuniões técnicas dos 24 dirigentes de Polícia Científica do Brasil. O encontro promoveu discussões sobre procedimentos e padronizações voltadas às atividades da corporação e que resultaram na Carta de Foz do Iguaçu. O documento será encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem como objetivo pautar políticas públicas na área de ciências forenses.
A vice-presidência do Conselho tem duração de um ano e passa a valer imediatamente após a eleição. Ele tem um presidente e cinco vice-presidentes, um para região do País, que são responsáveis por organizar as demandas e propostas, colher as informações da região e representá-la no Conselho de Dirigentes perante outros órgãos, como o Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de Segurança Púbica (Senasp).
“É uma função importante dentro do conselho e, portanto, aumenta a responsabilidade, já que é necessário ficar atento às necessidades atuais e futuras da região, organizá-las e contribuir para que os projetos possam ser implantados”, disse Grochocki. “Tenho certeza que com o apoio de toda equipe será possível alavancar ações que vão ampliar a capacidade das polícias científicas. O Paraná tem várias ações referenciais e vamos contribuir com o Brasil”.
Na reunião, também foram definidos diretrizes e padrões para as polícias científicas de todo País e da Polícia Federal, que constam na Carta de Foz do Iguaçu. No documento estão sugestões e o balizamento de diversas questões, entre elas assuntos financeiros, recursos humanos e técnicas periciais, com o objetivo de melhorar cada vez mais a gestão nas polícias científicas, além de pontuar evoluções necessárias para a área.
Na Carta de Foz do Iguaçu consta, ainda, que o Paraná será o primeiro estado entrar na Rede Integrada de Perfis Balísticos do Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB), um projeto do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A escolha se deu após criteriosa avaliação documental e também por meio de visitas técnicas de representantes do órgão federal, que constataram a existência de condições para receber os equipamentos do laboratório que dará suporte à rede integrada. Além do Paraná, outros cinco estados integrarão esta Rede.
“O objetivo dessa Rede Integrada é correlacionar o perfil balístico das armas que são encontradas em locais de crimes e que deram origem a projéteis encontrados em mortes violentas”, explicou Grochocki.
Os projéteis são coletados, processados e inseridos nesse banco de dados nacional e depois analisados para buscar relações entre as armas nos diversos estados do País. “Por exemplo, se uma arma que causou um homicídio no Paraná foi utilizada em um crime em outro estado, essa base de dados vai permitir correlacionar os dois casos e atribuir a responsabilização ao cidadão que cometeu o crime”, informou.