A equipe da Expedição Cirúrgica que esteve em Goioerê no último final de semana avaliou a estrutura da Santa Casa como apta para receber a equipe, formada por 50 pessoas, entre profissionais e acadêmicos de medicina da renomada universidade paulista -USP- que desenvolve o projeto há anos com objetivo de baixar a demanda de cidade do interior em cirurgias de baixa e média complexidade, onde a população espera na fila de 6 meses a um ano para conseguir a cirurgia pelo SUS.
A Expedição Cirúrgica acontecerá no período de 1º a 9 de julho, quando a equipe formada por cerca de 50 profissionais estará em Goioerê realizando as cirurgias além de ações educacionais com a população, através de treinamento como primeiros socorros.
CONHECENDO A ESTRUTURA
O prefeito Pedro Coelho e o secretário de Saúde, Antonio Sestak receberam no último sábado, 8, a comissão do projeto, formada pelo presidente da Expedição Cirúrgica, Yuri Justi, o diretor de Relações Externas da Expedição, Yuri Tebelskis, a médica Lidia Myung, e a engenheira clínica Ana Paula Furcin, do Hospital das Clínicas.
Foi a primeira visita do grupo em Goioerê, para conhecer a Santa Casa que abrigará as equipes médicas, enfermeiros e acadêmicos de medicina. Segundo o presidente da Expedição Cirúrgica, Yuri Justi, o hospital tem uma excelente estrutura e até surpreendeu a equipe, destacando que dos 5 centros cirúrgicos dos hospital, serão usados 4 simultaneamente, e um ficará para as cirurgias de emergências que surgiram na cidade.
O prefeito Pedro Coelho ressaltou que o médico Eduardo Otani do Hospital Santa Maria, deixou o hospital à disposição da Expedição Cirúrgica se precisarem, mas que a princípio se concentrará tudo em um único hospital para ficar mais fácil o trabalho da equipe.
TRIAGEM EM MAIO
No mês de maio, uma equipe da Expedição estará em Goioerê e será responsável por fazer a triagem dos pacientes que serão beneficiados com as cirurgias.
Junto com os médicos virão também equipamentos para realizar os exames dos pacientes, como aparelho de ultrassonografia e radiologia.
A equipe necessitará de um local com cerca de 8 salas. Entre os locais que está sendo estudado é o prédio do antigo Hospital Dr. Rosan. Qualquer pessoa, com sintomas de dores que podem levar a uma cirurgia, ou que já está na fila do SUS aguardando vaga para realizar a cirurgia, poderá se inscrever para passar pelas consultas e exames que vão definir quem são as pessoas que vão fazer a cirurgia em julho.
Conforme explica o presidente da Expedição Cirúrgica, Yuri Justi, é necessário de um prazo de pelo menos 20 dias antes da cirurgia, porque terão exames que serão realizados e os resultados demoram até 15 dias para ficar pronto.
Uma ampla divulgação será realizada comunicando a população da vinda da equipe para realizar a triagem.
QUATRO EQUIPES
As cirurgias serão realizadas por quatro equipes que integram a Expedição Cirúrgica além de um gastro que estará realizando os exames dessa especialidade.
A equipe é formada por 5 cirurgiões (gastro), 10 cirurgiões (ginecologia), um patologista, 4 radiologista, 2 instrumentadores, um médico físico na enfermaria, 4 diretores, anestesiologista e acadêmicos de medicina.
A equipe trará para Goioerê um moderno aparelho de ultrassom que realizará exames: abdominal, tireóide, mama, digestivo, transvaginal, entre muitos outros.
SUPORTE DA UTI
A equipe da Expedição Cirúrgica explicou que até hoje nenhum paciente operado precisou de UTI, mas que o secretário de Saúde, Antonio Sestak, já conversou com a UTI de Campo Mourão para dar todo o suporte necessário.
CIRURGIAS
Serão realizadas diversos tipos de cirurgias, desde baixa e média complexidade, como explicou a médica Lidia Myung, ressaltando que esta medida é para preservar o paciente. São pacientes que nossa equipe realizará a cirurgia, acompanhará a recuperação e dará alta enquanto estivermos em Goioerê” – enfatizou.
RETORNO
De acordo com o presidente da Expedição, Yuri Justi, de dois a três meses depois, ou seja, entre setembro e outubro, os médicos retornam para Goioerê, para avaliar todos os pacientes que passaram pelas cirurgias e acompanhar a recuperação.
“Se engana quem pensa que nosso trabalho se restringe a 9 dias de trabalho. A Expedição completa um ciclo de um ano em cada cidade” – comentou Yuri, explicando que o trabalho iniciou em 2016, quando escolheram Goioerê para a vinda da Expedição, e conclui o trabalho após o retorno dos profissionais para ver se todos os pacientes estão bem.
A equipe ficou surpresa com a estrutura da Santa Casa de Goioerê
O prefeito Pedro Coelho com o presidente da Expedição, Yuri Justi e a médica Lidia Myung
A equipe da Expedição Cirúrgica na visita ao centro cirúrgico da Santa Casa
O secretário Antonio Sestak colocou a
Secretaria de Saúde a disposição do projeto