Administração é compartilhada entre o diretor civil e o diretor militar, que atuam de maneira colaborativa na gestão administrativa e didático-pedagógica
Civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito fundamentam o projeto educacional dos Colégios Cívico-militares do Paraná (CCM-PR), visando o desenvolvimento de atitudes e hábitos saudáveis dos alunos na vida em sociedade. Mais de 200 colégios da rede estadual paranaense aprovaram a adoção do modelo, no maior programa do Brasil na área com mais de 100 mil estudantes. A decisão de adesão é tomada após consulta pública com professores, funcionários, alunos maiores de 18 anos e pais e responsáveis legais dos estudantes. Com o novo formato, os alunos terão aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, com ênfase no estudo de leis e cidadania. Para o Ensino Médio haverá ainda aulas de Educação Financeira. Tudo pensando na formação de cidadãos a partir de uma educação para o futuro.
A proposta cívico-militar é uma parceria entre a Secretaria Estadual de Educação e Esporte e a Secretaria Estadual da Segurança Pública. Ela foi criada como mais uma modalidade de ensino. Focados na formação integral do aluno, o projeto visa a excelência educacional e o desenvolvimento de atitudes e hábitos saudáveis da vida em sociedade. Toda a parte pedagógica das instituições segue com os profissionais da Educação e militares do Corpo de Militares Estaduais Inativos Voluntários (CMEIV) atuam na coordenação das atividades cívico-militares.
Programa nacional. A expectativa do Ministério da Educação (MEC) é que o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), lançado em 2019, seja implantado em 216 escolas de todo o país até 2023, segundo a Agência Brasil. Até novembro, conforme o MEC, 127 escolas adotavam esse modelo em 26 estados, atendendo a cerca de 83 mil famílias.
O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. As escolas são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de Educação continuam responsáveis pelos currículos escolares, que é o mesmo das escolas civis. Os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares.
A implantação das escolas cívico-militares deve ocorrer preferencialmente em regiões que apresentam situação de vulnerabilidade social e baixos índices no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Entre as premissas do programa estão a contribuição para a melhoria do ambiente escolar, redução da violência, da evasão e da repetência escolar.