Guarda Municipal estava de plantão quando recebeu a notícia que o filho havia sido baleado no bairro Bigorrilho, em Curitiba
Os pais do jovem Douglas Felipe Moraes de Oliveira, que foi assassinado na madrugada do último sábado (18), conversaram com exclusividade com a RICtv. Ainda bastante abalados com o crime, apenas dois dias após a morte do filho, Dora e Joel tentaram contar em palavras o sentimento pela perda do jovem, de apenas 22 anos.
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O rapaz foi alvo de um disparo de arma de fogo no momento em que voltava de uma festa, em uma casa noturna de Curitiba. Douglas estava com um amigo no carro quando foi surpreendido por um veículo na contramão, que era ocupado por atiradores. Não se sabe a motivação do crime e a Polícia Civil trabalha para identificar suspeitos.
“Pessoa maravilhosa, pessoa de luz, pessoa sem maldade, não tinha maldade nenhuma no coração dele” – relatou Dora, ao se referir ao filho.
Na madrugada de sábado, Dora estava dormindo quando o crime aconteceu. Já o pai de Douglas, Joel Alves de Oliveira, que é Guarda Municipal, estava de plantão e recebeu uma das ligações mais tristes de toda vida. O homem foi informado da ocorrência e de imediato foi até o local do crime.
“O meu filho estava sentado no banco do carro dele, com a boca aberta, o olho aberto, achei que ele estava dormindo, desmaiado. Eu abracei ele e perguntei ‘por que você está dormindo assim’, ‘Por que não acorda e não fala comigo?’. E daí o rapaz da Polícia Civil disse que ele já tinha morrido” – contou o pai bastante emocionado.
Douglas era gerente de marketing e não tinha envolvimento com o mundo do crime. Pouco antes de ser assassinado, o rapaz estava com amigos na festa de aniversário de uma colega. Câmeras de segurança flagraram o momento que os atiradores se aproximaram do carro da vítima, assista.
Noite de diversão termina com tragédia. A RICtv teve acesso ao depoimento do rapaz que estava acompanhando Douglas dentro do carro, no momento do crime. O jovem, que é natural de São Paulo, estava em Curitiba para celebrar o aniversário de uma prima, que também era amiga de Douglas. Segundo a testemunha, após saírem da balada, os amigos resolveram ir até uma residência para fazer um after (continuar a comemoração em algum lugar).
O jovem relatou que Douglas não teve nenhum desentendimento durante a festa. Pelo contrário, foi uma noite divertida e alegre para todo mundo. Na porta da casa noturna, todos embarcaram no carro da aniversariante e o jovem viu que Douglas iria sozinho no carro dele. Então se ofereceu para ir junto, para não deixar o amigo só no trajeto.
Quando chegavam à casa da aniversariante, declarou o rapaz, estacionaram perto do portão e decidiram telefonar à dona da casa, para que abrisse o portão para eles entrassem com o automóvel. O rapaz conta que já estava ligando quando notou um carro emparelhando com o veículo de Douglas. Havia dois homens na frente e um atrás, e os quatro vidros do carro abertos. A testemunha não conseguiu descrever fisicamente nenhum deles, nem a cor exata e o modelo do carro. Como estava ao telefone, só notou que era um veículo de cor clara.
A testemunha disse ainda que não viu qual dos três desceu do carro. Apenas escutou algum deles falar “Passa o carro”. Em seguida, Douglas acelerou o veículo. Foi neste momento que a testemunha disse ter ouvido um disparo, mas que na hora pensou que fosse qualquer outra coisa, menos um tiro de verdade.
O jovem ainda conseguiu acionar uma equipe de socorro, porém Douglas já estava morto. Os amigos então fizeram contato com a família.
Fonte: RicMais.