Homem de 21 anos indicou local onde Eduarda Borges Fagundes, de 16 anos, estava enterrada. Ele nega o crime
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A Polícia Civil encontrou nesta terça-feira (18) o corpo de Eduarda Borges Fagundes, 16 anos, desaparecida desde 9 de dezembro, quando saiu para visitar uma amiga em Parobé, no Vale do Paranhana. A jovem estava enterrada em uma localidade rural de Taquara, conhecida como Pega Fogo.
Horas antes de localizar o corpo, os policiais prenderam o ex-namorado de Eduarda — apontado pela investigação como o principal suspeito do crime. O homem, de 21 anos, que não teve identidade divulgada, indicou para os agentes o paradeiro da adolescente.
O mandado de prisão do ex-companheiro foi cumprido nesta amanhã, após imagens de câmeras de segurança indicarem que o casal estava junto na noite que Eduarda desapareceu. Ao encontrarem o corpo, foi possível identificar Eduarda através da camiseta rosa que ela vestia quando foi vista pela última vez.
— Conseguimos encontrar elementos que possibilitam a realização da análise genética para confirmar que se trata da Eduarda. Embora tenhamos certeza que é ela — afirma o delegado Fernando Branco, que assumiu o caso nas últimas semanas.
Embora tivesse conhecimento de onde o corpo havia sido enterrado, o suspeito negou a autoria do crime. Em depoimento na semana seguinte ao desaparecimento, ele havia negado qualquer contato com a ex-namorada.
Mesmo com o encerramento das buscas, o caso segue com diversas questões a serem respondidas. O que se sabe até agora, conforme a polícia, é que o corpo de Eduarda foi queimado e que a morte teria ocorrido em Sapiranga, no Vale do Sinos. Os detalhes e as motivações para o crime, no entanto, ainda são desconhecidos. A principal hipótese é de que se trata de feminicídio.
Segundo relatos de familiares, o casal havia encerrado o relacionamento recentemente. Na versão do jovem, Eduarda queria retomar o namoro.
— Acreditamos que, na verdade, se trata do contrário, ele gostaria de voltar com ela. Ainda precisamos investigar melhor as circunstâncias para confirmar isso — diz o delegado.
Para denunciar casos de violência contra a mulher use o Disque 100 ou contate o Disque- Denúncia pelo telefone 181. Além disso, há os Centros de Referência da Mulher, delegacias especializadas, Defensoria Pública e Promotoria de Justiça, inclusive on-line, pelo site do Ministério Público. (gauchazh)