A Coamo Agroindustrial Cooperativa registrou em 2021 receita global de R$ 24,666 bilhões. O valor representa um crescimento de 23,3% em relação ao ano anterior. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 1,835 bilhão, um incremento de 65,4% em relação ao Exercício de 2020. Deste valor, após a dedução estatutária estão sendo distribuídos R$ 689 milhões aos mais de 30 mil cooperados, fruto da sua movimentação no abastecimento de insumos e entrega da produção nas unidades da cooperativa nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os números do exercício 2021 foram aprovados pelo quadro social nesta quinta-feira, 10, em Assembleia Geral Ordinária realizada no formato digital.
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SOBRAS – Além das Sobras que estão sendo distribuídas no valor de R$ 689 milhões, os cooperados também receberam durante o ano mais de R$ 100 milhões como resultado da sua participação nos pontos no Programa Fideliza (R$ 51,226 milhões), no Prêmio de Produção Sementes (R$ 35,335 milhões) e da devolução do Capital Social (R$ 13,698 milhões) aos cooperados com mais de 65 anos. No resultado do exercício, os cooperados estão recebendo a título de sobras R$ 3,50 para cada saca de soja entregue na Coamo, R$ 1,60 para o milho, R$ 1,60 para o trigo, R$ 0,70 para aveia, R$ 1,60 café coco, R$ 4,00 café beneficiado e 4% na aquisição de insumos.
PROBLEMAS CLIMÁTICOS – De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, em 2021, houve redução no recebimento da safra, motivada por fatores climáticos, e retração dos volumes de fixações. No entanto, os preços elevados dos produtos agrícolas e o grande volume de fornecimentos de bens de produção, proporcionaram um aumento significativo nas receitas da Coamo. “O desempenho dos associados e por extensão da Coamo, poderia ter sido maior, não fossem os problemas climáticos que provocaram perdas na soja, milho e trigo. Tivemos falta de chuva, geadas, granizo e até incêndios, que afetaram o plantio, a colheita e o desempenho das lavouras dos cooperados. A nossa atividade é uma indústria a céu aberto, e o que fazemos bem é semear nossa safra com tecnologia e capricho, esperando por altas produtividades.”
CRESCIMENTO – Segundo Gallassini, a Coamo continua focada em agregar valor às atividades do quadro social e na realização profissional dos funcionários, oferecendo os melhores produtos aos clientes e bons negócios aos parceiros. “Apesar das adversidades climáticas houve um ótimo crescimento econômico-financeiro, bem como, aumento da participação e integração dos cooperados na movimentação com a cooperativa. Sustentada na harmonia entre a diretoria, cooperados e funcionários, a Coamo está consolidada no cenário empresarial brasileiro, assegurando a todos os cooperados a sua perpetuação como uma empresa cooperativista sólida e sustentável.”
PLANO SAFRA – No início de 2021 os preços dos fertilizantes e defensivos sinalizavam um aumento, puxado pelo crescimento da demanda. Diante dessa situação, a Coamo adquiriu os insumos sem ajuste e, em fevereiro, lançou o plano safra de verão mais cedo de toda a história da cooperativa, proporcionando aos cooperados uma relação de troca excepcional. A melhor dos últimos dez anos. Além de proporcionar aos cooperados que se anteciparam em suas aquisições um conforto a mais na condução de suas lavouras, comparado com o mercado em geral.
INVESTIMENTOS – A modernização que a Coamo vem realizando ao longo dos anos, em função dos investimentos e das melhorias em suas unidades, tem sido responsável pela eficiente e competitiva estrutura da cooperativa. Em 2021, os investimentos totalizaram R$ 616,441 milhões, com destaque para: Terminal Portuário II em Paranaguá para agilizar o fluxo de exportação dos produtos; novo Entreposto em Bandeirantes (MS); início das obras do escritório administrativo do novo entreposto de Campo Mourão/PR, além dos novos entrepostos em Ponta Porã e Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul e da Indústria de Ração em Campo Mourão, no Paraná.
RECEBIMENTO – Em suas 111 unidades, estrategicamente localizadas nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a cooperativa recebeu o montante de 7,786 milhões de toneladas, o que representa 3,1% da produção brasileira de grãos.
INDUSTRIALIZAÇÃO – Nas indústrias de processamento de soja da Coamo em Campo Mourão e Paranaguá, no Paraná, e em Dourados, no Mato Grosso do Sul, foram processadas 2,613 milhões de toneladas de soja, com aumento de 5,0%, em relação ao ano anterior. Nas indústrias da Coamo também foram produzidas 3,646 mil toneladas de café torrado e moído, 204,443 mil toneladas de farinhas e farelo de trigo e a fiação de algodão produziu 3,323 mil toneladas de fios.
A linha alimentícia Coamo composta por margarinas, gorduras vegetais, farinhas de trigo, óleo de soja e cafés, registrou receita superior a R$ 3,38 milhões, e além da forte presença em vários Estados do Brasil, também foi exportada para países da América do Sul.
EXPORTAÇÕES – Em 2021, a exportação dos produtos da Coamo foi enviada para 23 países em quatro continentes (Europa, América, Ásia e África) totalizando 3,697 milhões de toneladas de produtos e um faturamento de US$ 1,384 bilhão.
ÍNDICES FINANCEIROS – O Patrimônio Líquido da Coamo atingiu o montante de R$ 7,430 bilhões, com crescimento de 19,3% em relação ao ano anterior. Os principais índices foram: liquidez corrente 2,07; liquidez geral 1,54; margem de garantia 209,60% e o grau de endividamento 47,71%.
TRIBUTOS – No exercício 2021 foi gerado e recolhido o montante de R$ 534,940 milhões em impostos, taxas e contribuições sociais.
NOVIDADES – Em 2021, foi lançada a nova marca da Coamo, representando a modernidade e a adequação aos novos tempos. Outra novidade do ano foi o Aplicativo Coamo, um canal de relacionamento para o cooperado interagir ainda mais com a cooperativa. Junto foi lançado o Programa Conectividade Coamo, mediante parcerias com provedores de internet, com planos e serviços de qualidade.
SEGURANÇA – Para o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, os cooperados da Coamo recebem grandes benefícios durante o ano e podem impulsionar o desenvolvimento das suas atividades agropecuárias. “O resultado desta sinergia entre cooperados, diretoria e funcionários está no retorno ao quadro social de quase R$ 800 milhões, se considerarmos os benefícios das Sobras e das participações no Programa Fideliza, na produção de sementes e na devolução do capital social. Juntos, vencemos muitos desafios em 2021 e celebramos esta conquista da melhor performance na história da Coamo.”
CONQUISTAS – “Apesar das dificuldades, 2021 foi um ano de importantes conquistas, por isso a Coamo agradece a todos que contribuíram para o desempenho alcançado. Em especial, aos cooperados pela expressiva participação e apoio, aos funcionários pelo profissionalismo e competência, e aos clientes, fornecedores, instituições financeiras e entidades pela colaboração e parceria”, considera Gallassini.
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Coamo distribui R$ 689 milhões em sobras a cooperados
A Coamo divulgou em assembleia geral realizada quinta-feira, 11, que distribuirá a seus associados R$ 689 milhões em sobras.
O valor é referente aos resultados obtidos pela cooperativa no ano passado, quando o faturamento alcançado foi de R$ 20 bilhões.
As chamadas sobras correspondem a parte do lucro obtido pelas cooperativas durante o ano que é distribuído aos cooperados após o fechamento do balanço fiscal.
As sobras distribuídas no ano passado, referentes ao faturamento de R$ 13,97 bilhões obtido em 2019, chegaram a R$ 360 milhões. Desta forma, é possível dizer que enquanto o faturamento cresceu 43%, as sobras distribuídas aumentaram 38%.
Considerada a maior cooperativa da América Latina, a Coamo obteve em 2020 receita de R$ 8,359 bilhões a partir da comercialização de produtos agrícolas e outros R$ 4,084 bilhões em produtos industrializados. Também obteve R$ 5,145 bilhões em bens de fornecimento e R$ 2,272 bilhões de produtos alimentícios.
Antecipação
A Coamo já havia antecipado em 9 de dezembro do ano passado um total de R$ 139 milhões das sobras referentes ao exercício 2020. O montante foi dividido entre os mais de 29,4 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
“A capitalização da cooperativa, a participação expressiva dos cooperados na aquisição de insumos e entrega da produção, e, claro, a valorização do dólar devido à exportação das commodities contribuíram para o valor das sobras distribuídas neste ano”, destacou José Aroldo Gallassini, presidente do conselho de administração da Coamo, na ocasião.