O Encontro Anual da Suinocultura reuniu os produtores interessados no desenvolvimento da atividade no segundo dia do Copacol Agro. “Suinocultura do futuro: Eu estarei preparado?”: Esse foi o questionamento lançado pelo veterinário e gerente comercial da Zimpro, Ton Kramer, que apresentou uma perspectiva do setor para o próximo ano.
O Brasil é o quarto maior produtor de suínos do mundo. A atividade passa por um momento desafiador, como a retomada da produção na China, e os altos custos de produção. Kramer alerta que é importante ficar atento às oportunidades que surgem no caminho. “A grande questão é entender o que está acontecendo buscar enxergar meios de crescimento e gerar resultados na produtividade e, consequentemente, econômicos”, afirma Kramer.
Um dos pontos demonstrados pelo palestrante é que o País se consolida como fonte de alimento para o mundo, em diferentes proteínas. “O cenário que estamos vendo da guerra entre a Ucrânia e a Rússia reforça essa oportunidade. Os produtores de proteína animal têm muito a aproveitar nos próximos anos. Precisamos buscar a eficiência produtiva de modo que possamos repensar o que estamos fazendo. É necessário aplicar novas técnicas, modernizar a produção e identificar onde estamos perdendo em eficiência para corrigir os déficits numéricos”, finaliza Kramer.
PAIS E FILHOS
Além da modernização da atividade, o convidado especial do Encontro Anual da Suinocultura reforçou a necessidade de incentivar a sucessão no campo: consequência da implantação de tecnologias avançadas, atraindo essa mão de obra e mantendo as novas gerações na propriedade.
Anderson Garcia Tomé, cooperado em Jesuítas, herdou do pai a profissão e pretende continuar, sempre alicerçado na confiança da Cooperativa. “Com a Cooperativa temos uma segurança em nosso trabalho: a diversificação proporcionou oportunidades em nossa propriedade. Queremos aumentar nossa produção de suínos”, afirma Tomé.
Para a cooperada Lídia Steimbach, há 12 anos na suinocultura, o evento é uma oportunidade para buscar conhecimento e futuramente expandir os negócios da propriedade. “Precisamos estar antenados com o que há de novo no mundo e esta é a oportunidade de conhecermos novas tecnologias e saber o que acontece no mercado mundial para podermos gerar lucro da nossa atividade”, conta a suinocultora.
AMPLIAÇÃO
O mais recente investimento da Copacol foi na suinocultura: R$ 120 milhões na construção da UPD (Unidade de Produção de Desmamados), em Jesuítas: galpões climatizados que atendem todas normas de bem-estar animal e biosseguridade, onde dez mil matrizes passam a ser alojadas para produção média de 300 mil leitões por ano, atendendo ao plano de crescimento da Central Frimesa, a partir de 2023, com a nova planta industrial em Assis Chateaubriand.
“Com a expansão, a Copacol amplia as oportunidades no campo. A produção anual salta para 625 mil cabeças: crescimento de 76%. Estamos muito confiantes com o setor e sabemos que ele gera muito desenvolvimento no campo, por isso, estamos sempre em busca de investimentos. Esse encontro é uma oportunidade para os cooperados saberem como está a suinocultura no mundo”, afirma o diretor-presidente, Valter Pitol.