O consumidor anda quebrando a cabeça para fazer o salário render. No supermercado, a conta aperta: o litro do leite, por exemplo, está mais caro que o litro da gasolina.
Em um supermercado de Curitiba, a RPC conversou com consumidores que relataram o espanto diante dos preços que quase chegam a R$ 10 o litro.
“Eu quase caí de costas quando cheguei no supermercado.Tá subindo todos os dias as coisas, está um absurdo!”, afirmou a estilista capilar, Elza Pianoski.
Na mesma linha, a aposentada Graciana Siqueira, questiona: “De um dia para o outro subiu tudo isso? Não pode”.
Em doze meses, o preço do leite subiu 19,5% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consequentemente, os produtos derivados também foram impactados:
- iogurte: + 11,08%
- manteiga: + 12,34%
- queijo: +19,94%
- requeijão: + 21,35%
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Thiago de Marchi é médico veterinário do Departamento de Economia Rural (Deral) e explica que os preços refletem uma sequência de aumentos dos custos de produção.
“O leite ficou mais caro de se produzir no campo por conta do aumento dos combustíveis, dos principais componentes da ração animal, da entre safra de pastagens, do custo da energia elétrica. São vários fatores que foram se somando e culminaram nesse aumento”.
Ele afirma que, da mesma forma que diversos custos subiram, para que o preço baixe ao consumidor, é necessário que vários desses fatores colaborem e também registrem queda. Uma baixa isolada de apenas um dos componentes do custo de produção, não resolverá o problema.