Duas pesquisadoras ucranianas estão no Brasil participando de um programa de acolhida do governo, o “Ação Araucária”. O programa é um projeto humanitário do Governo do Paraná que recebe pesquisadores da Ucrânia e busca o desenvolvimento social, econômico e ambiental por meio de investimentos em pesquisas, em várias áreas do conhecimento.
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A professora Jzhanna Virna morou a vida inteira no noroeste da Ucrânia, e quando começou a guerra, ela se refugiou na Polônia, e lá ela viu a oportunidade de vir para a Capital paranaense.
“O programa da fundação Araucária foi divulgado oficialmente no site do Ministério da Ciência e Educação da Ucrânia. Foi lá que fiquei sabendo dessa oportunidade, inscrevi meu trabalho que trata da segurança de crianças e adolescentes, como casos de bullying nas escolas e na sociedade, e fui convocada”
“O programa da fundação Araucária foi divulgado oficialmente no site do Ministério da Ciência e Educação da Ucrânia. Foi lá que fiquei sabendo dessa oportunidade, inscrevi meu trabalho que trata da segurança de crianças e adolescentes, como casos de bullying nas escolas e na sociedade, e fui convocada”
Ao todo, são 50 vagas para o projeto de acolhida à cientistas ucranianos. O contrato com os pesquisadores é de 2 anos e eles recebem uma bolsa mensal de R$ 10 mil para eles e mais R$ 1 mil para cada dependente. Além disso, as passagens dos convocados foram custeadas pelo governo.
“A ideia é fortalecer essa relações entre ciência e tecnologia com instituições ucranianas, porque a partir do momento que esses cientistas têm uma experiência no Paraná, no Brasil, e com as nossas instituições, retornando para a Ucrânia, nós podemos criar um programa de cooperação de médio e longo prazo”
Outra pesquisadora, Svitlana Gerasimenko, chegou no Brasil em junho, e está morando em Medianeira, no Oeste do Paraná. Ela veio com a filha de 9 e o filho de 14 anos para fugir do perigo que estavam enfrentando no país. O marido dela teve que ficar na Ucrânia, pois a maioria dos homens do país estão sendo convocados para a guerra.
“Todos os lugares na Ucrânia são bem perigosos, a gente não sabe onde os mísseis vão atingir. Eu estava com muito medo, não só por mim, mas principalmente pelos meus filhos”
As pesquisadoras ainda têm dúvidas se voltarão para a Ucrânia quando a guerra acabar.
“Eu tenho medo de ficar muito nostálgica porque estou gostando muito do Brasil, mas ainda tenho muita saudade da Ucrânia. Tenho familiares e amigos que ficaram lá, mas agora estou focando no trabalho, e deixar pra decidir se fico aqui ou se volto com o tempo”
A guerra na Ucrânia começou em fevereiro deste ano, e é o maior ataque de um país contra o outro depois da Segunda Guerra Mundial. Até o momento, quase metade de toda a infraestrutura do país foi destruída com os bombardeios. Desde o início do conflito, mais de 10 mil mortes foram registradas e milhões de ucranianos foram refugiados em diversos lugares do mundo, inclusive no Paraná.
Fonte: Ricmais.