Num julgamento que foi iniciado por volta das 09:00 horas de ontem, sexta, 16, e que encerrou cerca da meia da noite quando o Juiz Christian Palharim deu a sentença proferida pelo corpo de jurados formado por 4 mulheres e 3 homens, os réus Alexandre Benatti de Souza Junior “Mohamed” – 27 anos, e, Suziane Ferreira dos Santos, 26 anos, foram sentenciados, respectivamente, ele a 38 anos e 4 meses de reclusão, e ela a 38 anos de prisão, ambos em regime fechado.
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Suziane e “Mohamed” são acusados pelas mortes e ocultação de corpos de Kawany e Rubens Biguetti, crime que ocorreu em 3 de agosto de 2020.
O conselho de sentença não atacou a tese negativa de autoriza uma vez que não havia provas nos autos que apontassem Suziane e “Mohamed” como autores do crime, que conforme a defesa, não existem provas materiais, e, nem mesmo os corpos das vítimas.
TRABALHO BRILHANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Com a defesa dos réus defendia desde o tempo todo que não haviam provas materiais para condenar os réus Suziane e “Mohamed”, o Promotor de Justiça, Guilherme Franchi se ateve as mais de 110 mil páginas levantadas pelas perícias nos celulares dos acusados, principalmente de Suziane, onde ela combinava com “Mohamed” e “Ceará” o plano diabólico engendrado por Suziane que a todo o tempo insistia que “Kawany” fosse executada, se constituindo na mentora do assassinato e na ocultação dos corpos das duas vítimas.
Foi um trabalho do Ministério Público importante para o corpo de jurados a decidir pelas condenações dos réus Suziane e “Mohamed”.
O terceiro acusado, “Ceará”, não foi julgado uma vez que morreu na Penitenciária de Cruzeiro do Oeste onde estava recluso.
De acordo com o Promotor Dr. Guilherme, existe outras pessoas envolvidas na ação criminosa que são investigadas e que no futuro poderão vir à tona.
DROGAS MOTIVOU O DUPLO HOMICÍDIO
Teve em sua condenação, o Promotor Dr. Guilherme de posses das informações contidas nas gravações dos celulares dos acusados, levantou uma semiose completa do tráfico de drogas (cocaína) que era comandado por Suziane, “Mohamed” e “Ceará”, em Goioerê.
O representante do Ministério Público afirmou que o tráfico de drogas comandados pelos acusados tinham ligação direto com a facção criminosa do PCC.
DEBATES ACALORADOS
Em certo momento do julgamento, os advogados de defesa de Kawany e Rubens e de Suziane travaram debates acalorados.
VÃO RECORRER
A advogada de Suziane, Daline Correia, de Umuarama antes mesmo da leitura da sentença mostravam-se que o resultado foi acima do que acreditavam que deveria ser, pretendeu não apenas recolher da sentença, mas até mesmo pedir a anulação do júri alegando cerceamento da defesa e a forma a defesa de Promotor Guilherme foi defendida somente com base em provas através de gravação de celulares dos acusados.
PENA FOI JUSTA
Ao final do julgamento o que se podia sentir do pessoal que acompanharam o julgamento é que a justiça foi feito com a pena de 38 anos de prisão para Suziane e “Mohamed”.
O que muitos questionaram é o fato de que tanto Suziane como “Mohamed”, após cumprir 13 anos em regime fechado poderá se beneficiar de cumprir o resto da pena em liberdade, dependendo do comportamento que tiverem na prisão. Da condenação total, os réus já cumpriram 2 anos que estão presos.
CONDENADOS POR TRÁFICO
Vale salientar que tanto Suziane como “Mohamed”, são condenados por tráfico de drogas.
AMEAÇADA. Suziane está presa na Penitenciária Central Feminina em Curitiba para onde foi levada recentemente em razão do difícil relacionamento com as demais presas que vinha tendo na Prisão Feminina de Goioerê, onde sofria constantes agressões e que poderia leva-la até a morte se continuasse presa em Goioerê.
Suziane retornou para Curitiba logo após o encerramento do julgamento pela equipe da Depen que a escoltou até Goioerê para o julgamento.
NA PEC. Enquanto isso, “Mohamed” foi levado para a PEC de Cruzeiro do Oeste onde estava preso aguardando o julgamento.
DEFESAS. A defesas de Kawany e Rubens foi patrocinada pelos advogados Luiz Carlos Lourenço, de Guaíra, Elza Buzetti, de Goioerê, e o Promotor Dr. Guilherme.
De outro lado, a defesa do réu “Mohamed” foi feito pelos advogados Hasan Azara, Vitor Humberto Santos Serutti, de Umuarma.
Já a defesa da ré Suziane Ferreira dos Santos teve como advogadas, Daline M. Correia, e, Emi Fernanda Carnevali, também de Umuarama.