Nesta sexta-feira (14), o Governo do Paraná anunciou que está no enfrentamento ao tráfico de pessoas e acompanha os casos de brasileiros que supostamente estariam sendo vítimas de cárcere privado e situação análoga à escravidão no Camboja, na Ásia. Segundo as denúncias já registradas, entre as vítimas estariam quatro paranaenses. O caso está sendo investigado pelo Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná.
Segundo os dados preliminares, as vítimas teriam sido abordadas por meio de anúncios de emprego pela internet, com a promessa de renda a partir de US$ 900, aproximadamente R$ 4.760 na cotação atual.
O trabalho seria de negociação de criptomoedas. Segundo as denúncias, ao chegarem para realizar os treinamentos para o trabalho, as vítimas são obrigadas a entregar documentos e são submetidas a jornadas de trabalho excessivas, privação parcial de liberdade e ameaças.
As oportunidades de trabalho seriam ofertadas por empresas que supostamente atuam no mercado financeiro e de crédito.
“Um fator que dificulta o resgate dessas pessoas, é que o país não possui embaixada ou consulado. Desta forma, estamos atuando diretamente com o Ministério e outros órgãos para auxiliarmos no que for necessário”, ressaltou Rogério Carboni, secretário de Justiça, Família e Trabalho.
Desconfie de ofertas vantajosas
O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná informa que é sempre necessário ligar um sinal de alerta quando há ofertas profissionais e financeiras que pareçam extremamente vantajosas na internet.
“É fundamental fazer uma pesquisa completa na própria rede sobre a empresa, o histórico dela e relatos. Além disso, é importante comunicar às autoridades sobre situações e ofertas suspeitas e tentar ao máximo, conseguir detalhes da vaga, falar com alguém que já tenha ido,” explicou a Chefe do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Silvia Xavier.
Denúncias
As denúncias podem ser feitas junto ao Núcleo por meio do telefone (41) 3221-7956 ou do e-mail [email protected]; pelos canais Disque 100 e Ligue 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH); ao Ministério Público do Paraná; e junto à Polícia Federal, pelo e-mail [email protected].
Fonte: Ricmais.