Vítima afirma que foi agarrada e que homem tentou beijá-la; câmeras de segurança registraram o caso. Claudio de Oliveira negou; ele tem 57 passagens pela polícia.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou por importunação sexual o médico preso suspeito de tentar beijar à força uma colega de trabalho em um posto de saúde de Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba. Claudio de Oliveira, de 55 anos, responde ao processo em liberdade.
Ele foi solto após a Justiça determinar o afastamento temporário das funções e medidas cautelares a serem cumpridas.
O caso aconteceu na última quinta-feira (11) e foi registrado por câmeras de segurança (assista acima). Nas imagens é possível ver o momento em que a vítima caminha por um corredor, próxima ao médico. Em seguida, ele a agarra, enquanto a vítima demonstra resistir.
Até a publicação desta reportagem, Claudio não tinha advogado constituído.
O crime de importunação sexual tem pena prevista de até cinco anos de reclusão. Agora, a Justiça vai decidir se aceita ou não a denúncia.
Médico negou em depoimento
Para a Polícia Civil (PC), o médico negou que tentou beijar a vítima. Ele falou que estava trabalhando na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município há vinte dias e que a colega o ajudava com o sistema.
Afirmou, ainda, que dizia à mulher que ela era bonita e que poderia trabalhar como motorista da saúde para realizar viagens com ele.
O homem também disse que “não tinha segundas intenções com a mulher” e que no dia que a abraçou estava feliz porque, segundo ele, estava tudo bem no trabalho. Por fim, falou que quando abraçou a colega de trabalho, pensou na filha que há muito tempo não vê.
Segundo a corporação, o suspeito tem outras 57 passagens pela polícia. Entre elas pelos crimes de homicídio, furto, assédio sexual e violência doméstica.
O que disse a vítima
A vítima, que é assistente administrativa na UPA, também prestou depoimento e afirmou que o médico trabalhava há menos de um mês no local e que ajudava Claudio a mexer no sistema de saúde.
Ela também contou que ele a chamava de bonita e que falou que gostaria que ela viajasse com ele.
A assistente disse no depoimento que se sentia desconfortável e evitava falar e ficar próxima ao médico.
Afirmou que Claudio tentou agarrá-la e dar um beijo na boca, mas ao virar o rosto, o médico conseguiu beijar apenas o rosto, próximo à boca.
Em seguida, a mulher falou que chamou uma colega técnica de enfermagem e acionaram a polícia.
Como denunciar
A Polícia Civil reforça que toda vítima de crime de importunação sexual ou semelhante deve procurar uma delegacia e fazer o registro do Boletim de Ocorrência. Para casos de violência doméstica, também é possível realizar um registro online, na Delegacia Eletrônica.
Fonte: G1.