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Notícias / Polícia Carreteiro que matou família durante ‘racha’ em Mamborê se envolve em mais um acidente com 2 mortes

quarta-feira, 2 agosto de 2023.

Um carreteiro envolvido em uma tragédia, durante um ‘racha’ entre caminhões na rodovia BR-369, que tirou a vida de uma família inteira, em Mamborê, em julho de 2018, voltou a se envolver em um acidente com duas mortes na mesma rodovia, nesta terça-feira (1).

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Desta vez o acidente aconteceu em Corbélia, no KM 479 da BR-369, segundo informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A colisão aconteceu por volta das 17 horas. Envolveu um Fiat Argo de Corbélia e uma carreta. O proprietário do Argo de 74 anos e sua esposa de 66 anos, perderam a vida no local.

O condutor da carreta, de 44 anos, não se feriu. A PRF lembrou que ele tem histórico de acidente na mesma BR. Em 2018, ele e outros ‘verdureiros’ apostavam corrida na rodovia, quando um dos veículos invadiu a contramão e matou 5 pessoas da mesma família.

“No acidente de hoje (terça-feira), apesar do condutor do automóvel ter ignorado a preferência da rodovia, a velocidade desenvolvida pela carreta foi determinante para a gravidade do sinistro”, informou a PRF. De acordo com o tacógrafo do caminhão, a carreta estava a mais de 110 quilômetros por hora em um trecho de 60 km/h. Os corpos das vítimas foram recolhidos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Corbélia para exame de necropsia.

As vítimas tinham 66 e 74 anos. Eram marido e mulher. Apesar de cruzarem a pista, velocidade do caminhão, bastante acima do permitido, foi determinante para a tragédia

Caso de Mamborê

O acidente que deixou cinco pessoas da mesma família mortas na BR-369, em Mamborê, aconteceu na noite do dia 2 de julho de 2018. Foi provocado por um ‘racha’ entre cinco caminhões, segundo a Polícia Civil.

De acordo com o delegado responsável pelo inquérito na época, Marcelo Trevisan, quatro motoristas de caminhões suspeitos de envolvimento no acidente foram presos. Eles tinham 38, 37, 29 e 30 anos. Os condutores foram presos em flagrante pelo crime de ‘racha’ com resultado morte. A pena para este tipo de crime pode variar de 5 a 10 anos. Na época os suspeitos ficaram presos na delegacia de Mamborê. A Polícia Civil não estipulou fiança. No entanto, cerca de 15 dias após presos, acabaram soltos.

O acidente, em decorrência do ‘racha’, resultou na morte de todas as pessoas que estavam no automóvel. Morreram na hora um homem de 34 anos, a esposa dele, de 30, e os filhos de 11, 9 e 4 anos. A família morava no distrito de Alto Pensamento, em Mamborê. O motorista do caminhão que provocou a batida não se feriu.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou na época que o condutor do caminhão estava ultrapassando em um lugar onde existe terceira faixa, quando invadiu a faixa contrária para não bater em outro caminhão que transitava na mesma direção. Com essa manobra, ele bateu de frente com o carro.

Investigação da Polícia Civil

A Polícia Civil detalhou, em investigação, que após o acidente o motorista responsável pela batida informou pelo rádio aos outros três motoristas suspeitos o que ocorreu. Eles voltaram para o local assim que ficaram sabendo da tragédia. Os tacógrafos dos quatro caminhões foram apreendidos pela polícia. Conforme o delegado Marcelo Trevisan, os veículos trafegavam acima da velocidade permitida na via, entre 90 km/h e 105 km/h.

“O excesso de velocidade dos quatro caminhões, os depoimentos de duas testemunhas que presenciaram a batida e a dinâmica do acidente, o caminhão invadiu a pista onde estava o carro, mesmo tendo a terceira faixa no sentido onde ele estava, indica a prática de racha na rodovia”, explicou o delegado, na época. Os motoristas suspeitos negaram a prática de ‘racha’ em depoimento à Polícia Civil.

O motorista que provocou o acidente disse que estava transitando na pista dele e o carro invadiu a pista onde estava. “Mas isso não ocorreu. O caminhão passou por cima do carro”, contradisse o delegado. Antes do acidente, as carretas tinham parado em um posto localizado às margens da rodovia e seguiam sentido Maringá. O posto ficava cerca de 11 quilômetros de distância do local da batida.

Na época, o casal deixou um filho de 13 anos. O adolescente não estava no carro.

Fonte: TribunadoInterior

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