Marcelo Ávila, condenado a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por matar a ex-esposa Luciane Ávila, recebeu liberdade condicional. Ele foi condenado em 2021.
O crime aconteceu em 2019, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Luciane era professora e foi morta na frente da escola em que trabalhava. O filho dela, de 8 anos, presenciou o crime. Relembre abaixo.
A decisão foi cumprida em 5 de julho, data em que a magistrada Ana Carolina Bartolamei Ramos, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), emitiu o alvará de soltura. O documento foi obtido com exclusividade pela RPC.
A soltura é válida por um ano e é condicionada a toque de recolher entre 23h e 5h, além de acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) mais próximo da residência do homem.
Marcelo também teve que se apresentar ao Juízo da Comarca de sua residência depois do cumprimento do alvará de soltura e não pode se mudar sem autorização da Justiça.
Marcelo, 50 anos, estava preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O pedido de soltura
Conforme a Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR), o pedido de desinternação de Marcelo foi feito e aprovado devido ao relatório psicossocial do paciente, elaborado pelo setor de Psicologia do Complexo Médico.
“[Marcelo Ávila] apresenta condições básicas para o desinternamento, para que possa dar continuidade ao seu tratamento em regime ambulatorial e assim, retomar o convívio com a família, visando o reforço da rede de apoio e do vínculo parental como fator protetivo”, diz o documento.
O crime
Luciane Ávila tinha 42 anos e era professora. Em dezembro de 2019, ela foi morta por Marcelo Ávila na frente da escola em que trabalhava. O crime foi quando ela chegava para o expediente.
O filho do casal, que na época tinha 8 anos, presenciou o crime. Ele estudava na mesma instituição.
Na época, os bombeiros informaram que a mulher foi agredida várias vezes com golpes de faca, que atingiram a região do tórax e as pernas.
A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Um homem, que estava no local, tentou ajudar a vítima e sofreu um ferimento no braço. Ele foi socorrido e sobreviveu.
Após o crime, Marcelo fugiu em uma moto e jogou a faca utilizada para ferir as vítimas dentro do quintal de uma residência. Câmeras de segurança registraram o momento.
Ele foi encontrado pela Polícia Militar horas depois em Carambeí, também nos Campos Gerais.
De acordo com a polícia, o casal estava em processo de divórcio e a vítima havia pedido uma medida protetiva contra o suspeito. A solicitação estava em análise no Fórum da cidade.
Confissão
Em entrevista à RPC, na época dos fatos, o suspeito confessou o crime e disse que matou a ex-esposa “no calor do momento”. A defesa de Marcelo argumentava que ele tinha depressão.
A delegada da mulher de Ponta Grossa, Cláudia Krüger, disse que Marcelo fazia chantagem emocional para a professora e os filhos.
“Ele dizia que ia se matar, mandava mensagem para os filhos neste sentido. Segundo consta, a família dele já tinha intenção de interná-lo para um tratamento psiquiátrico”, afirmou.
Fonte: G1