A mulher tinha 81 anos, era indígena e já tratava uma infecção urinária
Uma idosa de 81 anos morreu, no último dia 15, no Mato Grosso do Sul, após passar por uma cirurgia para retirada de um feto calcificado que ela carregou no corpo por mais de cinco décadas.
A mulher deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, no dia 14, com uma infecção grave e fortes dores abdominais. Depois da realização de uma tomografia 3D, a equipe médica identificou um feto calcificado na região do abdômen da idosa.
A suspeita é que o feto estivesse no corpo da mulher há 56 anos, ou seja, desde que ela tinha 25 anos, já que foi nessa idade que a mulher teve sua última gravidez.
A idosa foi encaminhada para a equipe de obstetrícia, responsável por realizar uma cirurgia para retirada do feto calcificado. No dia seguinte ao procedimento, no entanto, a mulher faleceu. Ela estava em observação na UTI.
Uma infecção generalizada teria causado a morte.
Segundo o secretário de saúde de Ponta Porã, a idosa era indígena e já tratava uma infecção urinária na cidade em que morava, Aral do Moreira, que fica a aproximadamente 84 quilômetros de Ponta Porã. Ela teve uma piora nos sintomas e foi encaminhada ao hospital, onde o feto calcificado foi descoberto.
Ainda conforme o secretário, o caso da mulher é raríssimo. O nome da condição é litopedia (também chamada de ‘bebê de pedra’), um tipo raro de gravidez ectópica (fora do útero). No caso da litopedia, o feto morre e se calcifica. Por isso, às vezes a condição passa despercebida, podendo não ser identificado por décadas.