Em uma emocionante cerimônia, a Câmara Municipal de Goioerê concedeu o “Diploma de Pioneiro do Município de Goioerê” a pioneiros que contribuíram para a construção de uma cidade acolhedora e em desenvolvimento.
A solenidade, realizada em parceria com a Associação Goioerense de Pioneiros, reuniu familiares e amigos dos homenageados em uma noite marcada por reconhecimento. Após a cerimônia, os presentes desfrutaram de um coquetel.
Durante seus discursos, os vereadores destacaram a importância de preservar viva a memória de Goioerê por meio de seus pioneiros. O vereador Fabiano Barboza enfatizou a relevância de realizar tais homenagens enquanto os homenageados estão presentes entre nós.
Já o vereador Fábio Plaza ressaltou que é fundamental reconhecer os pioneiros em vida, destacando que suas contribuições foram fundamentais para o desenvolvimento da cidade. “Vocês fizeram com que a cidade seja o que é hoje”, afirmou emocionado.
Helton Maia agradeceu às histórias escritas pelos pioneiros em prol da comunidade, enquanto Kleber Paraíba enfatizou o privilégio de homenagear pessoas que deixaram um legado significativo em Goioerê.
O vereador Ricardo Martins destacou a importância da experiência compartilhada naquele plenário, enquanto Patrik Peloi reiterou que aquela noite foi um momento para relembrar histórias de vida.
Luiz Tolentino, presidente da Associação dos Pioneiros de Goioerê, recordou o inicio da cidade e aproveitou para solicitar o apoio da Administração Municipal e da Câmara para um grande evento no próximo ano, quando Goioerê completará 70 anos, com a homenagem a 70 pioneiros.
Representando o prefeito Betinho Lima, Ivanida Plazza, secretária de Assistência Social, destacou a beleza da homenagem e a importância das histórias que os pioneiros deixaram como legado para Goioerê. “Histórias que deixam marcas em nossas vidas”, enfatizou.
Encerrando a cerimônia, a presidente da Câmara, Luci Alvino, expressou sua gratidão por homenagear aqueles que foram os primeiros a plantar as sementes do progresso na cidade. “Vocês plantaram as sementes do progresso e hoje podemos colher os frutos por causa de vocês”, concluiu.
A noite foi também uma oportunidade para conhecer mais sobre a história de cada um dos homenageados, cujas trajetórias contribuíram significativamente para o desenvolvimento e a identidade de Goioerê.
VACIR FERREIRA
Vacir Ferreira (foto) nasceu em Sertanópolis-PR, no dia 10/10/1953. Seus pais, mineiros, chegaram ao Paraná em 1940. Em 1954, mudaram-se para trabalhar na lavoura de café, saíram de Sertanópolis, no norte do Paraná, e compraram terras no município de Moreira Sales, onde ficaram até 1969. Em seguida, vieram para o município de Goioerê, na área rural, e em julho de 1975, mudaram-se para a cidade de Goioerê.
Vacir cursou o Ginasial em Paraná do Oeste. Em 1974, iniciou o curso de Contabilidade no Colégio Maria Gonçalves de Almeida, em Goioerê. Além de trabalhar na agricultura até os 18 anos, atuou como professor primário no Distrito de Paraná do Oeste.
Na Rádio Goioerê, começou em setembro de 1975 (Rádio Goioerê AM). Iniciou na função de rádio escuta, ouvindo e gravando os noticiários das Rádios Gaúcha e Rádio Guaíba de Porto Alegre e depois datilografando as principais notícias para serem divulgadas nos noticiários da rádio. Posteriormente, passou a apresentar programas sertanejos e noticiosos. Trabalhou na área de vendas e foi promovido à gerência administrativa em 1994. Em 2017, realizou a migração da Rádio AM para FM. Atualmente, além de atuar no setor administrativo, apresenta programas de jornalismo e o noticiário esportivo.
Casou-se em 13/01/1979 com Maria Moura Araújo Ferreira (Maria Auxiliadora). Tiveram uma filha, Juliana Araújo Ferreira, casada com Emerson Tomazi, e do relacionamento nasceu sua neta, Lavínia Maria Ferreira Tomazi, de 4 anos. Vacir ama a cidade e o povo de Goioerê, cidade que o acolheu e o tornou um homem feliz e realizado.
Aluízio Alves Bezerra (foto) completou 90 anos no último dia 14 de junho. Casado com Ana Pacífico Bezerra, com quem tem 5 filhos. Veio do interior de São Paulo, Pirapozinho, atraído pelo trabalho na colheita do algodão.
Aluízio chegou a Goioerê no ano de 1969, residindo em uma fazenda no Porto 5, em Bandeirantes do Oeste, então distrito de Goioerê. Naquela época, eram quatro irmãos, e naquela fazenda nasceu mais uma filha que faleceu ao nascer e foi enterrada ali no distrito da Joia.
No ano de 1970, nasceu o último filho, no antigo hospital do Dr. Rosan, onde hoje funciona o Centro de Especialidades. Em 1974, mudou-se para Quarto Centenário, onde, com a família, cultivou várias lavouras na região. Trabalhou em uma lavoura de café, mas, com a geada de 1975 que destruiu tudo, mudou-se para o então distrito de Rancho Alegre, onde ficou por 5 anos. Foi lá que, enquanto trabalhava na roça, começou a cuidar da igreja até se mudar em 1978.
Em 1978, mudou-se para Jaracatiá, onde permaneceu por cerca de um ano pastoreando a igreja daquela comunidade. Depois, mudou-se para Moreira Sales, onde morou por 10 anos, e depois retornou a Goioerê, onde está morando até hoje, desde o ano de 1986.
Ele participou da construção da igreja, que foi um grande marco para a cidade, a Assembleia de Deus, na Avenida 19 de Agosto. Também trabalhou na construção da Coagel e cuidava da igreja como auxiliar do pastor presidente.
ANA GOMES DA SILVA LIMA
Ana Gomes da Silva Lima (foto), com 88 anos de idade, nasceu em 17 de agosto de 1936, na cidade de Juazeiro, Bahia. Filha de Martinho Gomes da Silva e Maria Duarte Silva.
Ela e seu marido, Milton de Souza Lima, vieram com seus três filhos: Hamilton, Adilson e Alfredo, da cidade de Pompéia-SP para o município de Goioerê, no ano de 1966. Na época, Ana tinha 30 anos de idade. Eles estabeleceram residência na zona rural, às margens do Rio Comissário, no ex-distrito de Rancho Alegre D’Oeste. Permaneceram naquela localidade até 29 de junho de 1969, quando se mudaram para Goioerê, na Chácara Canaã, de propriedade da família Fabrício dos Santos.
Na Chácara Canaã, durante os 13 anos que lá moraram, trabalharam como arrendatários, cultivando algodão, milho, arroz, feijão e café. Em 1982, mudaram-se para o bairro Jardim Primavera, sendo um dos primeiros moradores daquele loteamento recém-formado. Em 1991, mudaram-se para a Rua Belém, no Jardim Lindóia, onde permanecem até os dias atuais.
Ana é participante ativa na terceira idade. Realizou trabalho voluntário na Igreja Presbiteriana Independente, prestando serviços de artesanato, como bordados e crochê.
Ercília Gomes Pereira
Ercília Gomes Pereira (foto), nascida em 07/02/1937, foi casada com Manoel Pereira Neto (falecido). Eles tiveram 7 filhos: Luvenia, Lucélia, Lucelma, Lucila, Lucimar, Luverlan e Luanderson.
Chegou em Goioerê em 1955. Seu pai veio pescar no rio Piquiri e conheceu o senhor Florêncio, com quem fez um negócio de um caminhão. Então, seu pai convidou seu marido para virem morar aqui, porque, apesar de ser uma cidade pequena, estava em pleno desenvolvimento e no auge do algodão.
Ao chegar, montaram o Bar e Sorveteria Metrópole. Depois, montaram o Bar do Neto e, posteriormente, o Chopão. Ercília criou seus 7 filhos, 17 netos e 6 bisnetos em Goioerê.
Como diz Dona Cila: “Amo esta cidade de paixão”.
Nascida em 01/07/1936 na cidade de Irineópolis, Estado de Santa Catarina, Ester Evelin Muller Zanquetta (foto) chegou ao município de Goioerê no ano de 1962, vinda do vizinho estado catarinense.
Casou-se com Clemente Zanquetta e juntos vieram para trabalhar com seu cunhado Carlos Zanquetta, que possuía um armazém de secos e molhados na Fazenda Rincão, divisa com a Fazenda Esteirinha. Iniciaram sua vida a dois nesse local, trabalhando no armazém por aproximadamente doze anos.
Com o sucesso dessa atividade, conseguiram adquirir alguns bens e construíram sua casa, onde passaram a morar, na rua Belém 308, no Jardim Lindóia. Também compraram alguns alqueires de terras na região da Flor do Oeste, onde cultivavam café.
Embora não tenham tido filhos biológicos, adotaram sua sobrinha e afilhada Sandra Plaza quando ela tinha aproximadamente nove anos de idade.
Nascida em Santa Catarina, Ester adotou Goioerê como sua cidade de coração.
FRANCISCA GOMES DE LIMA
Francisca Gomes de Lima, 94 anos, é casada com Valdecir Fernandes da Silva. Chegou em Goioerê em 1952, vinda da cidade de Baixio, no Ceará. O casal teve 8 filhos, sendo dois nascidos no Ceará e os outros em Goioerê: Edvaldo Fernandes da Silva e Maria José Fernandes da Silva (ambos falecidos), Aparecido Fernandes da Silva, Maria José Fernandes da Silva, Divino Fernandes da Silva, Donizete Fernandes da Silva, Miguel Fernandes da Silva e Valdir Fernandes da Silva.
Chegaram inicialmente a São Paulo em um pau-de-arara, buscando uma vida melhor. Lá conheceram um rapaz que estava procurando trabalhadores para a região onde hoje é Goioerê.
Chegando a estas terras, trabalharam na Fazenda Scarpari, permanecendo lá por 7 anos. Também trabalharam na extinta Fazenda Santa Mônica, aqui na região de Goioerê.
D. Francisca participou da primeira missa na igreja matriz e se lembra da construção da igreja e da chegada da santa na cidade, além dos missionários que por aqui passaram.
Residem no mesmo endereço há 58 anos, na Rua São Mateus do Sul, 826 – Vila Guaíra.
Jair Thomaz de Aquino (foto), com 78 anos, nasceu na cidade de Jacutinga/MG, filho de Anacleto Thomaz de Aquino e Olívia Labegalini de Aquino.
Chegou em Goioerê em janeiro de 1970, aos 24 anos de idade, vindo de Guaíra, transferido da empresa Cibrazem, hoje Conab, para assumir a gerência.
Casou-se em fevereiro de 1976 com Elza Suely Silva de Aquino. Tiveram três filhos e três netos. Filhos: Danielly Silva de Aquino, Denise Silva de Aquino e Luiz Fernando de Aquino. Netos: Ana Carolina Fabrício de Aquino, Miguel Monge de Aquino e Enrico Monge de Aquino.
Sócio fundador do Goioerê Clube de Campo, diretor em várias gestões anteriores, ocupando os cargos de diretor de esporte e social. Atualmente, faz parte da diretoria como diretor orador.
Em 1972, foi convidado para participar da fundação do Lions Clube de Goioerê, exercendo o cargo de tesoureiro por dois mandatos consecutivos. A meta era trabalhar em diversas atividades sociais na cidade, especialmente com as escolas dos bairros mais carentes. No final do ano, através de um cadastro de 1.000 crianças, participamos do Natal solidário com entrega de presentes.
Além disso, participou do esporte, sendo diretor financeiro do Grêmio Esportivo de Goioerê, campeão da segunda divisão estadual em 1990. No ano seguinte, participou da elite do futebol paranaense com outros clubes como Curitiba, Atlético Paranaense, Londrina e Paraná Clube, elevando o nome de Goioerê no cenário esportivo estadual e nacional.
Trabalhos voluntários: Colaborou na fundação da ABEG, trabalhando e colaborando nas Festas das Nações para angariar fundos para a construção de 30 casas em um mutirão no bairro.
KENZI SAKAKIMA e esposa MACHICO AOKAKE SAKAKIMA
KENZI SAKAKIMA – Nascido em 17/02/1946 na cidade de Paulópolis-SP. Seus pais nasceram no Japão e vieram para o Brasil em 1935 para trabalhar na lavoura. Kenzi chegou a Goioerê precisamente em 26/12/1960, vindo da cidade de Cornélio Procópio, onde sua família trabalhava no ramo de confeitaria (doces). Incentivado por amigos e parentes, e percebendo o crescimento do município de Goioerê devido às terras férteis e ao aumento da população, instalou sua residência na Rua José Bonifácio, 1055, produzindo seus doces com a família.
Encerrou suas atividades na produção de doces em 1979 e abriu a famosa e conhecida loja de materiais esportivos “SÓ ESPORTES”, que marcou época na região, permanecendo neste ramo até 2004. Após o fechamento da loja, passou um período no Japão e em Maringá, retornando a Goioerê, onde reside desde 1960 na mesma casa da Rua José Bonifácio.
MACHICO AOKAKE SAKAKIMA – Nasceu em Hiroshima, Japão, em 08/01/1954. Veio com seus pais para o Brasil em 1957, chegando ao Estado de São Paulo para trabalhar na lavoura. Posteriormente, mudaram-se para a região de Engenheiro Beltrão também para trabalhar na lavoura. Em 1968, vieram para Goioerê. Conhecendo Kenzi, casaram-se em 1973. Da união nasceram os filhos Luciane Miyuki Sakakima, Marcos Sakakima (in memoriam), Glaucia Midori Sakakima e Sirlene Sayuri Sakakima.
MARIA LÚCIA VICTORIANO KAROLESKI
Maria Lúcia Victoriano Karoleski (foto) , 78 anos, filha de Benedito Victoriano e Maria Oliveira Fontes, nasceu em 08 de dezembro de 1945 na cidade de Pardinho, São Paulo. Viveu sua infância como irmã mais velha de um grupo de 8 irmãos. Mudou-se para Goioerê na década de 60, onde residiu na Fazenda Machadinho na Gleba 16, em 1963.
Casou-se com Antonio Karoleski e mudou-se para a Avenida Tiradentes. Teve dois filhos: Antonio Flávio Karoleski, 59 anos, e Ronnie Edson Karoleski, 57 anos. Foi proprietária do Restaurante Líder, localizado na esquina da Avenida Daniel Portela com a Igreja Matriz, por 5 anos. Trabalhou como auxiliar de serviços gerais no Escritório Soares e na Casa Paroquial com o Padre Luigi de Paoli, além de diversas residências como a do Sr. Luiz Kamide.
Maria foi servidora pública do estado do Paraná por 35 anos, tendo atuado principalmente na Escola Estadual Ribeiro de Campos. Após o falecimento de seu primeiro esposo por câncer em 1976, criou seus filhos sozinha. Posteriormente, casou-se com Francisco Ferreira de Andrade e mudou-se para Braganey/PR, onde adotou 3 filhos: Luzia Ferreira, Adriano Ferreira e Camila Anazia de Andrade.
Após o trágico falecimento em acidente de carro de seu segundo esposo em 1998, Maria Lúcia retornou a Goioerê e passou a residir na zona rural da agrovila na PR/180, onde comercializava hortifrutigranjeiros para feirantes. Era muito conhecida pela comunidade por sua religiosidade e por zelar pela capelinha da Santa da Polícia Rodoviária.
Atualmente, reside no bairro Santa Casa e participa anualmente das romarias para o Santuário de Aparecida com o grupo da 3ª idade. Sempre solidária aos amigos, auxilia em suas dificuldades. É avó de Jocasta, Igor, Karla, Ronnie Jr., Wagner, João Vitor, Maria Helena, Maria Vitória, e bisavó de Ryan Erick e Antonio Manoel. Maria Lúcia é exemplo de força e garra para seus familiares e amigos, tendo criado seus filhos de dois casamentos com sacrifício e muito trabalho árduo.