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Notícias / Goioerê Memórias de um Pioneiro: Armelindo Gasque relembra o passado

sábado, 10 agosto de 2024.

MEMÓRIAS DE UM PIONEIRO
ARMELINDO GASQUE , nesta memorável narrativa, faz um mergulho na memória, num ESTILO PRÓPRIO , na melhor forma de procurar descrever , um tempo, um período, uma época em que viveu.
E DIZ :
Me orgulho de ser morador de Goioerê, interior do Paraná, uma pequena, pacata, bonita, e acolhedora cidade, que , felizmente vem se destacando em um “novo cenário”, de um processo evolutivo, despertando de um longo período “provocado”, de estagnação que ficou para traz” , para um DESPERTAR transformador , na busca de alcançar o tão desejado desenvolvimento, Iniciativa esta que não pode mais parar.
Bom para nossa Goioerê, que é uma cidade privilegiada, bom para nossa região, por sermos um importante polo regional.
Objetivo este que somente se consegue com UNIÃO de todas as forças, que detém estes poderes de transformação.
Necessitamos desse envolvimento.
Só assim, um novo SOL brilhará…
⭐️⭐️⭐️
Hoje, senti vontade de relembrar fatos,
aquí vividos, que tomei conhecimentos ou mesmo presenciados,
desde o ano de 1.961, quando aquí, minha família chegou.
Vieram da região norte do Paraná, para aquí trabalharem com “arroz”- benefício de arroz.
Tudo correu bem, para nossa família, até a vinda dos concorrentes, as vendas, os armazens, os mercados e finalmente os supermercados.
O progresso, aos poucos, foi aquí chegando.
⭐️⭐️⭐️
Ao chegarmos, eu tinha apenas 10 anos de idade.
Matriculei-me no antigo grupo escolar professora Maria Antonieta Scarpari. Primeira escola voltada às crianças, instalada em Goioerê. Feliz da criança que “passou” por esta escola.
Estudava de manhã e sobravam todas as tardes, livres, para minha vida normal de meninos da minha idade. Nada aquí, existia, de entretenimento para as crianças.
Até ser instalado um parquinho na praça da Matriz.
Eu tinha poucos amigos. Amigos da escola. Era muito ligado à familia. Desde cêdo, dividia meus lazeres, já pensando em algo
“maior que eu mesmo”…era muito, observador, pensativo, curioso…buscava nas literaturas, saber das coisas!
Saber o quê?
Eu não sabia…o que procurava.
Gostava de ler…
Cresci, batalhei, sofri, tropecei, caí por muitas vezes.. soprei as poeiras do corpo ..levantei.
Sempre com a cabeça erguida!
Assim é a vida!
Voei muito…
Em direções certas
Não “acumulei” nada!
Deus me deu muito MAIS do que precisei, do que preciso, necescito!
Na vida, por um tempo, fui “garimpeiro”…
Não me preocupava encontrar “ouro”, Colecionei muitas e importantes “pedras”… preciosas e mais fáceis de serem lapidadas…
⭐️⭐️⭐️
Nessa época,1961acima da atual Avenida Mauro Mori, hoje a mais bela avenida, uma parte era mato fechado, outra parte era cafezal.
Eu gostava de “caçar” pombinhas, e outros pequenos pássaros que haviam. Minha poderosa arma de caça, era um estilingue, que eu carregava pendurado no meu pescoço. Dificilmente, eu voltava para casa de mãos vazias.
Tempo feliz!
⭐️⭐️⭐️
Tambem gostava de pescar com peneira, no pequeno riacho, onde hoje transformou-se na represa do Goioere Clube de Campo.
(rios para “pescas”,
ficam longes).
…Na nascente deste riacho, havia uma queda d’ água (cachoeira) onde a garotada, saltavam de cima da cachoeira, em invejáveis saltos “mortais” e mergulhos.Era uma festa!
Eu era um deles!
Tempo feliz!
⭐️⭐️⭐️
Na estrada da Água Bela, sentido para Moreira Sales, a garotada fazia da ponte, trampolim, para saltarem em mergulhos acrobáticos.
Tempo feliz.
Tempo feliz!
⭐️⭐️⭐️
Recordo das grandes “peladas” quase todos os dias, no campinho do “flamenguinho”.
Muitos dos atletas tinhas apelidos de “pernetas” “pernas de pau” “galo cego”, “pé mole” e outros. Turma boa!
Eu era um deles!
Tudo eram brincadeiras. Não tinham maldades. Todos eram amigos “do peito”.
Um por todos, todos por um. Era nosso lema.
Para nós, molecadas,
nessa época, em nossa cidade, eram estes nossos principais passatempos, sadios e a escola.
Tempo feliz!
⭐️⭐️⭐️
De 1961 à 1970, e
Daí em diante, muitas e importantes transformações em minha vida, começaram acontecer.
Na escola, as
sequências normais. Com 14 anos, comecei a trabalhar, junto com meu pai,
(o grande mestre)
com benefício de arroz.
Em 1.971, passei a ser bancário.
Tempo foi passando, idade aumentando. mudando de serviços, ajudei implantar a Coagel e a Coagru. Fui pra Coamo. Fui pra Mato Grosso-capital, Minas Gerais (Betim) próximo da capital, São Paulo-capital , litoral de São Paulo-bela praia. Algumas cidades, no Paraná.
Andei, muito.
Voei muito…
Sofri muito.
Porém, estas minhas
“caminhadas”, resultaram em experiências, aprendizados.
Desafios, me fascinavam…
Como um “lúcido” aprendiz de Don Quixote, pelos caminhos, procurando “moinhos de ventos”…
Sempre deixando minha casa em GOIOERÊ.
Onde eu estivesse,
se sentisse saudade da minha Goioerê, das minhas raízes, do aconchego…
O espírito sentindo-se inquieto…
PREPARAVA MINHAS ASAS… Com estes meus cabelos que se tornaram brancos,
brilhando ao sol, na suavidade dos ventos….
Levantava voo… como um pássaro feliz…
Voltava pro meu ninho…
Aqui deixei meu coração…
⭐️⭐️⭐️
Na região de Goioerê, de 1961 até proximo à 1970, nesse periodo, aquí, por serem as terras boas, produziam:
rami, hortelã, café,
arroz, feijão, trigo, milho, mandioca, laranja, frutas, verduras, frango porcos…
Tudo que aquí plantavam, produzia.
As matas sendo derrubadas. Terras boas, férteis.
Os cafés colhidos, a maioria eram levados à um país vizinho…sem muitas exigências, na fronteira.
Em Goioere, tinham grandes cafeeiras, algumas arrozeiras, alguns alambiques que destilavam o hortelã. Que daqui, compradores levavam para países asiáticos.
Algodoeiras, foram instaladas, no início dos ano 1970. Durante todo o período de suas atuaçoes, trouxeram, muitos resultados econômicos positivo para Goioerê, além dos empregos gerados.
Trabalhei em uma destas empresas!
Os produtos agrícolas diversos,
Aquí produzidos, eram vendidos aos intermediários.
Muitas empresas intermediárias existiram aqui.
Extinguiram-se com a vinda das cooperativas. A pioneira, foi a Coagel, instalada,
possivelmente em 1.973. Participei na implantação e trabalhei nessa grande empresa.
Foi um importante
símbolo responsável pelo desenvolvimento da nossa região.
Posterior à ela, foi agregada à Fiação de algodão.Grande conquista para Goioerê!
⭐️⭐️⭐️
Em Goioerê, quando o único veículo de comunicação existente, era um alto-falante, erguido na frente do Bar Pinguim. O locutor, de primeiríssima qualidade era o famoso “Bacuri”. Seu serviço de comunicação tinha o nome de “auto-falante Cruzeiro do Sul- a voz de Goioerê”.
Tudo que acontecia, na cidade e região era ele quem com sua expressiva voz, anunciava. Levava ao ar!
⭐️⭐️⭐️
Em Goioere, nesse período, de 1961-1970 , víamos o brilho de muitas armas nas cinturas de algumas pessoas, que se diziam ser e agiam como valentões.
Eles faziam justiça pelas próprias mãos. Muitos dos seus desafetos, tinham fins trágicos.
Aqui jovens eram recrutados, por coronéis, para “trabalharem” nas “quebras-de-milho”.
Época do coronelismo dominante.
Aconteceram à alguns desses que “cantavam de “galos” , “viajaram” cêdo…Lei do retorno!
Pareciam cenas dos filmes de faroeste.
Nessas”partidas” ninguém chorava!
⭐️⭐️⭐️
Quando da inauguração da ponte do Rio Piquiri, antes era uma velha balsa. Próximo da ponte, morava um “preto velho”, homem muito bom, pescador e caçador de cobras sucuri. Ele preferia ser chamado de “inspetor de quarteirão”. Ele tinha orgulho desse “apelido”, ou função, talvez.
Ele dizia que só pegava as cobras grandes.
Eram mantidas em grandes viveiros.
Qual o destino das cobras? Butantã?
O preto velho não dizia.
O preto velho comentava:
Que as vêzes, ele via carros parados, em cima da grande ponte. Sempre nas madrugadas, com faróis acesos, sacos pretos eram atirados, nas águas…comidas, alimentos para os peixes? descartes?
Talvez seriam alimentos…os peixes eram gordos!-O velho dizia!
O preto velho, nas suas estórias, dizia que o passatempo dele era ficar perto do barranco do rio, nas proximidades da ponte, ficar vendo e contando os corpos, sem vidas, boiando, levados pelas águas, barrentas, do rio.
Passatempo necrológico, loucura!

⭐️⭐️⭐️
Antes de 1970, alguns goioerenses, fazendeiros, empresários, casavam-se com mulheres de outras regiões do paĺs e traziam suas esposas pra cá.
E as belas jovens, moças e mulheres, daqui?
Isto era uma forma de ostentação?
⭐️⭐️⭐️
Grandes acontecimentos dos anos 1961- 1970 e
sucessivos:
-Chegaram o telefone, o telex. o fax, as diversas máquinas , o computador.
-Hoje, somos privilegiados pelos modernos celulares.
⭐️⭐️⭐️
-Veio a iluminação da cidade, antes um grande motor a diesel, gerava a energia elétrica.
-O povo frequentava os cinemas.
-Nosso comércio era forte.
-O dinheiro circulava.
-Era na grande loja Pernambucanas, a pioneira, que acreditou no comércio da nossa cidade e região, onde as mulheres,
quando tinham oportunidades, principalmente nos inesquecíveis bailes, para
“deslumbrarem” nos estilos: natural esportivo, tradicional, elegante, criativo, e
romântico, nas mais variadas estampas.
que deixavam elas mais bonitas, mais belas e elegantes.
-Alguns buscavam mulheres, em outras cidades!
⭐️⭐️⭐️
-Outra empresa pioneira, que permanece aquí, até os dias de hoje, é a Expresso Nordeste. Conheço esta empresa desde 1.961.
Seus fundadores, vieram da longínqua KIEV, coração da Ucrânia-Rússia.
Movidos por “sonhos” de conquistas, dois jovens irmãos, visionários atravessaram oceanos e mares, até chegarem aqui,
em Goioerê e região,
para enfrentarem:
barros, lamas, pedras, árvores caídas, chuvas, ventos, tempestades, salteadores…
Com seus valentes
CARROS:
transportando pessoas e seus pertences.
Os primeiros, eram as jardineiras, depois os ônibus convencionais, os executivos com leitos, com camas,
os últimos, ultra modernos, panorâmicos de dois andades: double decker!!
Acreditaram em seus sonhos!
⭐️⭐️⭐️
-A população ultrapassava os 100 mil habitantes,
-A colônia japonesa crescia,
-A instalação da rádio Goioerê-AM,
-Nos 3 grandes cinemas, as poltronas eram disputadas.
-Aqui vinham muitos ciganos.
-Muitos circos, aquí ergueram suas tendas, trazendo talentos e espetáculos.
-Os memoráveis desfiles das. escolas. Rufavam os tambores das fanfarras.
-Goioere contava com 2 times de futebol, que faziam as torcidas vibrarem, no velho campo e depois no tapete verde do Antônio Massarelli.
⭐️⭐️⭐️
-Goioerê, chegou a ser um dos maiores produtores de algodão do Brasil.
-A chegada da televisão preto e branco.
-As memoráveis bandas, e conjuntos musicais, “rasgavam” as noites, nos bailes, nos clubes.
-Grandes aviões de transportes de cargas, da varig, desciam e subiam, no nosso pequeno aeroporto.
-Algumas fazendas, tinham suas próprias aeronaves, e seus próprios aeroportos.
-As pessoas iam no correio, levar e buscar cartas.
⭐️⭐️⭐️
-Goioerê, sempre acolheu bem as diversas religiões e templos de diferentes crenças e doutrinas.
⭐️⭐️⭐️
-Aos domingos, as missas,enchiam a grande igreja.
-Será que as pessoas oravam mais, tinham mais fé, acreditavam mais, naquele que cria, soma, multiplica, divide, subtrai e transforma todas as substâncias existentes da terra?
⭐️⭐️⭐️
-Se os “corações” das pessoas mudaram…por quê mudaram?
⭐️⭐️⭐️
Mas,
EXISTE UMA PROMESSA:

“O SENHOR promete tornar o nosso coração de pedra em um coração de carne: um coração VIVO, que sente, reage e responde ao SEU convite”.
⭐️⭐️⭐️
-Com o início do plantio do soja, um novo e próspero ciclo de economia, iniciava, na região.
-Vieram os bancos, oferecendo recursos e incentivos. E com eles, vieram as cooperativas de créditos.
-Construção da grade igreja católica,
-Construção da grande igreja da Congregação Cristã,
-A chegada das cooperativas de grãos, um grande marco, de transformações.
-A vinda das colheitadeiras de soja, importadas.
-Onde as máquinas chegaram…o homem abandonou as terras.
-A chegada dos sindicatos… os conflitos agrários.
⭐️⭐️⭐️
-Tínhamos bons rios, as minas, as nascentes, os riachos.
-Tinhamos
água em abundância.
-Solo fértil.
-Aqui predominava o verde das matas.
-O ar era bom, nosso clima era bom.
-Desencadeou o grande êxodo rural, início da decadência.
-O algodão cedeu espaço para o soja.
-As praças movimentadas, tinham vida.
-A chegada do asfalto, com ele, o progresso.
-Estradas de areias e barros lamacentos, foram transformadas em rodovias asfaltadas, ligando Goioerê a Campo Mourão, Cascavel, Umuarama, Boa Esperança…
⭐️⭐️⭐️
-Instalação dos colégios Premem I e II, novo rumo na educação, novo SOL, começou brilhar!
-Instalação da extensão da UEM, com curso inicial de engenharia têxtil. Com este curso, Goioerê se destaca no cenário brasileiro, preparando e exportando profissionais para outras regiões do país.
-Com a vinda da faculdade e bons colégios, os pais diminuíram de mandar seus filhos pra estudarem em outras cidades.
-Profissionais, técnicos, mãos de obra e serviços especializados, de diferentes seguimentos, adotaram nossa cidade.
⭐️⭐️⭐️
-Instalação da Usina de açúcar e alcool-grupo Okamoto.
-A vinda das grandes lojas de carros, com multi-marcas.
-Bons supermercados aqui vieram.
-Colégios de diversos níveis e de qualidades, estão aqui instalados.
⭐️⭐️⭐️
-Somos beneficiados em segurança pública. -Excelente prestação de serviços e atendimento médico, e hospitalar, com excelentes profissionais.
-Temos o pioneiro Hospital Santa Maria, referência regional.
-Bons serviços de alto nível e qualidade dos nossos modernos laboratórios clínicos, e imagem.
-Goioere está se transformando com vários aglumerados de canteiros de obras. Surgindo muitos bairros, condominios, com belíssimas casas, de projetos arrojados e bem localizados.
⭐️⭐️⭐️
-Temos em Goioerê , muitas pequenas e médias empresas, gerando empregos e rendas, movimentando a cidade,
– Orgulho para nossa cidade é o Parque de Exposições, que nas festividades, em seus eventos, reúnem milhares de frequentadores.
-Infelizmente não posso prolongar mais, com minhas narrativas, minhas lembranças…
Deixaremos, um pouco mais, para outra oportunidade, se Deus assim permitir.
⭐️⭐️⭐️
Dedicado à:
Victor Hugo, Joaquim, Olívia e Eduardo. Meus queridos netos.

ARMELINDO GASQUE
Goioerê, 01-08-28
⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

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