A falta de chuvas, o calor intenso e o aumento no consumo de água agravam a as condições do abastecimento público em Goioerê. Nesta última semana, os poços que abastecem a cidade apresentam queda acentuada na vazão, reduzindo ainda mais a capacidade diária de produção de água na cidade. Por outro lado, o consumo subiu 16% nesse mesmo período, trazendo consequências diretas no abastecimento. Esses fatores causaram a redução dos níveis dos reservatórios, o que pode causar desabastecimento, nas regiões fora do rodízio, principalmente, horários de maior pico desta quarta-feira (21) até no fim de semana.
Nesse momento, o déficit entre a produção e a demanda de água da cidade chega a 35%, mesmo com o auxílio de caminhões-pipa. As medidas emergenciais adotadas até agora e o complemento do abastecimento com auxílio de caminhões-pipa já não suportam atender a demanda da cidade. As obras de ampliação do sistema de captação de água seguem em ritmo acelerado. Na próxima semana, deverá ser interligado o poço 10, perfurado na região próxima ao Parque de Exposições. A Sanepar está adquirindo as conexões hidráulicas para que o poço entre em operação e contribua com a produção de 120 mil litros de água por dia. Também deve ser concluída a perfuração do poço 11, na área dos reservatórios, no centro da cidade. A vazão dessa unidade vai ser confirmada pelos testes operacionais após o término da perfuração.
COOPERAÇÃO E ESFORÇO – Até que esses poços integrem o sistema de abastecimento da cidade é indispensável o uso racional da água. Temperaturas elevadas e tempo seco convidam para atividades que utilizam mais água. Enquanto as chuvas não voltam à normalidade na região, a Sanepar vai continuar mantendo esforços para reduzir os impactos da falta de água em Goioerê. O rodízio vai permanecer na modelagem e cronograma estabelecidos até o momento e irá manter os caminhões-pipas para garantir o abastecimento.
Porém, essas ações não terão o efeito esperado se não houver apoio e cooperação de todos. É de fundamental importância que a população utilize a água de forma racional. A recomendação é que o uso seja feito prioritariamente na alimentação e higiene pessoal.
As limpezas mais pesadas, a lavagem de calçadas, carros e de fachadas, a rega de hortas e jardins devem ser postergadas. Se não houver a cooperação de todos, a tendência é a de que a situação se agrave ainda mais.