A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram, na segunda-feira (17), a “Operação Fato Oculto” para prender suspeitos de associação criminosa e tentativa de homicídio envolvendo o ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprigio (Podemos). As investigações apontam que ele teria forjado um atentado a tiros contra si mesmo durante a campanha eleitoral de 2024 para sensibilizar eleitores e tentar a reeleição.
De acordo com um preso colaborador, Aprigio pagou R$ 85 mil pelo fuzil usado no suposto ataque e seus secretários negociaram R$ 500 mil para os atiradores e cúmplices. A delação foi homologada pela Justiça e integra o inquérito que apura a participação de pelo menos dez pessoas no caso.
O atentado ocorreu em 18 de outubro de 2024, quando Aprigio foi baleado no ombro esquerdo dentro de um carro blindado. O tiro, disparado de um veículo em movimento, perfurou a lataria e os vidros do automóvel. O motorista, um secretário e um fotógrafo que estavam com ele saíram ilesos.
As autoridades afirmam que o atentado foi uma encenação, mas que o grupo não contava com a possibilidade de os disparos atravessarem a blindagem e atingirem o então prefeito. Segundo a investigação, Aprigio teria orientado que os tiros fossem disparados contra o vidro do carro, acreditando que não haveria risco de ferimentos.
Dez investigados por farsa
Além do ex-prefeito, três secretários, um sobrinho do ex-prefeito, e mais cinco pessoas são suspeitos de planejarem a farsa para que Aprigio conseguisse a reeleição. Ele era prefeito à época e disputava o segundo turno com Engenheiro Daniel (União Brasil), que venceu a eleição.
(Fonte: G1)