O peixe-remo (Regalecus glesne), popularmente chamado de “peixe do fim do mundo”, foi encontrado encalhado em uma praia do Espírito Santo, no Sudeste do Brasil. Conhecido por habitar águas profundas, entre 200 e 1.000 metros, o animal pode atingir até 11 metros de comprimento — comparável ao tamanho de um ônibus escolar.
A rara aparição surpreendeu turistas que passeavam pela orla. Um deles registrou o momento em que um pescador tentava devolver o peixe ao mar. Segundo especialistas, o peixe-remo só aparece em águas rasas quando está desorientado ou à beira da morte, geralmente após confrontos com predadores. A maioria dos espécimes encontrados próximos à costa não sobrevive.
De acordo com o Instituto Scripps, apenas 20 exemplares foram documentados desde 1901, o que torna sua aparição um fenômeno incomum. Esse peixe de corpo alongado e achatado é extremamente sensível a mudanças ambientais, o que pode explicar sua presença inesperada.
O peixe-remo está cercado de mitos e lendas. Algumas culturas acreditam que sua aparição é um presságio de desastres naturais, como terremotos e tsunamis. Essa crença ganhou força em 2011, quando cerca de 20 peixes-remo apareceram na costa do Japão antes de um terremoto devastador.
No entanto, cientistas e instituições como a Ocean Conservancy reforçam que não há evidências científicas que comprovem essa relação. Especialistas explicam que esses peixes emergem à superfície quando estão doentes ou feridos, e fatores como mudanças nas correntes oceânicas e nas temperaturas podem influenciar esse comportamento.
Apesar dos mitos, a aparição do peixe-remo no Espírito Santo é considerada um evento raro e de grande interesse para estudos científicos. Fonte: OBemdito