O prefeito Pedro Coelho, reuniu-se na tarde quarta-feira (20) com funcionários da Santa Casa, vereadores e representantes do Sindicato dos Empregados da Saúde para discutir a crise financeira da instituição. No encontro, o advogado do sindicato, William Diego Fortunato, confirmou a aprovação da greve por tempo indeterminado a partir de domingo (23), devido ao atraso no pagamento dos salários de fevereiro para cerca de 160 funcionários.
Pedro Coelho lamentou a situação e afirmou que a Administração Municipal não é responsável pelo atraso do pagamento do salário, ressaltando que a prefeitura mantém um contrato com a Santa Casa e realiza repasses mensais superiores a R$ 1 milhão. No entanto, em fevereiro, a provedoria da instituição não assinou o aditivo contratual necessário, impedindo o pagamento da prefeitura naquele mês. Para evitar prejuízos à instituição, a gestão municipal firmou um novo contrato, assegurando a continuidade dos repasses.
Apesar do compromisso da prefeitura em manter os pagamentos em dia, os enfermeiros enfrentam 17 dias de atraso salarial, o que motivou a mobilização da categoria. Segundo o prefeito, foram buscadas alternativas, como apoio financeiro de municípios vizinhos e repasses estaduais, porém, a falta de esclarecimentos da administração da Santa Casa tem dificultado essas negociações.
Funcionários presentes à reunião entenderam os esclarecimentos da administração e manifestaram preocupação com a situação financeira da instituição. Há especulações sobre uma possível intervenção na Santa Casa, caso a crise se agrave, com apoio do Ministério Público e dos vereadores. Um dos assuntos preocupantes é o empréstimo de R$ 1 milhão que a provedoria da Santa Casa pretende contratar junto à Caixa Econômica Federal para quitar salários e outras despesas.
O prefeito Pedro Coelho reconheceu o direito da categoria de reivindicar melhores condições, mas pediu que seja mantido um número mínimo de profissionais em atividade, evitando prejuízos à população que depende dos atendimentos hospitalares.