A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Polícia de Taquara, prendeu homem de 36 anos, condenado por estupro de vulnerável e investigado por crimes relacionados à pornografia infantil. Segundo a polícia, 158 vítimas já foram identificadas, todas crianças e adolescentes, mas as estimativas chegam a mais de 700 vítimas entre 8 e 13 anos, que ele abusou durante 16 anos.
Acredita-se que a maioria das vítimas seja da região de Taquara, por isso, é solicitado a familiares que tenham tido meninas que enviaram fotos nuas nos últimos 15 anos, que possam entrar em contato com o Setor de Investigação da Delegacia de Polícia de Taquara, para verificarem se foram vítimas deste mesmo indivíduo. A identidade das vítimas é preservada e o processo corre em sigilo.
O homem, que foi preso em flagrante em janeiro na cidade de Taquara, acusado de estuprar uma menina de 13 anos, colega dele em aulas de muay thai, é investigado por estupro de vulnerável, além de além de produção, direção e armazenamento de pornografia infantil. Foram apreendidas mais de 750 pastas contendo material pornográfico infantil, todas catalogadas pelo próprio investigado, evidenciando a gravidade dos crimes.
A forma de atuação do criminoso era através de perfis falsos nas redes sociais, geralmente perfis de meninas, que se aproximavam de outras meninas. Através de uma engenharia social, o criminoso criava uma amizade digital e induzia as vítimas a enviarem, inicialmente, uma foto nua.
Em posse da foto, o homem pedia mais imagens. Caso recebesse negativas, ameaçava as vítimas que acabavam enviando mais material. Inclusive, o criminoso chegava a orientar posições do corpo e da câmera de como as meninas deveriam se fotografar ou se filmar.
O preso ainda persuadia menores de idade em aulas de música e de artes marciais, como fez no caso da menina de 13 anos, que o denunciou por estupro. De acordo com a polícia, todas as 158 vítimas serão chamadas para depor no caso dos crimes sexuais, com vítimas identificadas também em outros estados como Santa Catarina, Paraná, Acre e Mato Grosso.