A partir de novembro, dirigir segurando ou manuseando o celular será considerada infração gravíssima de trânsito, sujeita a multa no valor de R$ 293,47, mais sete pontos na habilitação.
As penalidades mais rigorosas são uma tentativa de diminuir o uso do aparelho pelos motoristas enquanto estão ao volante e, assim, reduzir o risco de acidentes causados pela falta de atenção.
Nos últimos quatro anos, o Detran registrou um aumento de 4% no número de multas aplicadas pelo uso dispositivo móvel no trânsito no Estado. Curitiba lidera o ranking, com 21% de crescimento das autuações por este motivo, seguida por Maringá, com 14% de aumento. Já as cidades de Londrina e Cascavel tiveram queda nas multas – 27,5% e 8%, respectivamente.
“O uso do celular ao volante é considerado um problema, pois a atenção do motorista fica comprometida. Estudos mostram que o risco de colisões é 23 vezes maior quando se dirige e digita. O condutor passa a direcionar o seu interesse para as mensagens que recebe e envia, deixando de prestar atenção ao que acontece na rua à frente ou nas laterais”, cometa o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
Uma pesquisa feita em São Paulo com aproximadamente 4,1 mil pessoas revelou que 80% dos motoristas consultados usam celular ao volante. Destes, 42% admitem que enviam mensagens de texto enquanto dirigem e 8% disseram que não mudariam o comportamento, mesmo sabendo das consequências.
MUDANÇAS – As alterações no Código de Trânsito Brasileiro tornaram as multas mais pesadas e os valores cobrados mais altos a partir de 5 de novembro – passam de R$ 53,20 para R$ 88,38, no caso de infrações leves; de R$ 85,13 para R$ 130,16, nas infrações médias; de R$ 127,69 para R$ 195,23 nas graves; e de R$ 191,54 para R$ 293,47, nas infrações gravíssimas.