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Notícias / Paraná Investigação contra padre Genivaldo dos Santos já ouviu 18 vítimas de abuso sexual; 20 depoimentos ainda serão coletados

segunda-feira, 1 setembro de 2025.

Foto: Arquivo pessoal

As investigações contra o padre Genivaldo Oliveira dos Santos, preso em Cascavel, por abuso sexual, seguem em andamento. Até o momento, 18 pessoas já prestaram depoimento à Polícia Civil do Paraná (PCPR), enquanto outras 20 devem ser chamadas nos próximos dias, incluindo seminaristas, familiares e pessoas ligadas à paróquia onde o religioso atuava. Na época dos primeiros abusos, um seminarista denunciou o caso ao falecido arcebispo Dom Mauro, mas nenhuma medida foi tomada.

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O padre, de 42 anos, está detido desde domingo, 24 de agosto, em prisão temporária decretada pela Justiça. Segundo as investigações, Genivaldo tentou manter contato com possíveis vítimas, o que poderia atrapalhar o andamento do inquérito. A conclusão do caso está prevista para meados de setembro, informou a delegada Thais Zanatta.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, sete vítimas já foram identificadas oficialmente. “A princípio, já foram ouvidas sete vítimas do padre. Outros casos estão surgindo e sendo verificados”, disse.

Cronologia dos abusos

Os crimes atribuídos ao padre teriam acontecido entre 2009 e 2025, envolvendo homens de diferentes idades e contextos:

Um homem que hoje é padre denunciou ter sido abusado enquanto ainda era seminarista em 2009, entregando à polícia uma carta escrita em 2011 relatando os abusos aos superiores da Igreja.

Um ex-dependente químico, de 33 anos, relatou ter sido dopado e violentado pelo padre, sem precisar as datas dos abusos.

Outro homem, de 27 anos, que atuava na mesma paróquia do religioso, contou ter sido abusado em 2019.

Uma vítima de 23 anos relatou abuso em 2021, quando recorreu ao padre para tratamento de dependência química.

Um adolescente de 16 anos disse ter sido abusado enquanto prestava serviços na igreja em 2024.

Um homem de 20 anos, também ex-dependente químico, relatou abuso há duas semanas em clínica terapêutica onde o padre atuava.

Ainda não há detalhes sobre a sétima vítima oficialmente identificada. Alguns dos abusos teriam ocorrido mais de uma vez, com vítimas conscientes ou dopadas, conforme revelou a delegada.

Genivaldo Oliveira dos Santos atuava como sacerdote há 12 anos na Arquidiocese de Cascavel, e a prisão temporária busca garantir que o andamento das investigações não seja prejudicado.

Fonte: G1