
Os principais suspeitos: Antonio Buscariollo e seu filho, Paulo, proprietários de uma fazenda em Icaraíma,estão foragidos
O caso dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, ganhou um novo capítulo após a localização do veículo usado por eles, uma caminhonete Fiat Toro, encontrada enterrada em um bunker improvisado na última sexta-feira (12). A descoberta reforçou as investigações da Polícia Civil, que agora apura a possibilidade de que os corpos das vítimas tenham sido desovados em covas separadas em um cemitério clandestino.
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De acordo com informações divulgadas pelo Portal Umuarama News, as famílias receberam relatos de que as covas estariam situadas entre o local onde o carro foi desenterrado e uma das margens do Rio Ivaí, nas proximidades do Porto Jundiá. A Polícia Civil mantém o caso sob sigilo, liberando poucos detalhes para a imprensa.
Os desaparecidos (foto) são Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza. Eles sumiram em agosto, após irem ao distrito de Vila Rica, em Icaraíma, para cobrar uma dívida relacionada à venda de uma propriedade rural.
A Polícia Civil trata o caso como homicídio e já identificou os principais suspeitos: Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22, proprietários de uma fazenda em Icaraíma. Ambos estão foragidos desde agosto, com mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A perícia realizada no veículo confirmou a existência de vestígios de sangue e marcas de disparo de arma de fogo na lataria e no interior da caminhonete, indícios que reforçam a linha de investigação de assassinato. As buscas seguem na região para localizar os corpos e capturar os suspeitos.
De acordo com a polícia, a família de Antonio e Paulo comprou uma propriedade rural de Alencar por R$ 255 mil. O delegado Gabriel Menezes informou que Alencar, morador de Icaraíma, vendeu a propriedade e dividiu o pagamento em dez notas promissórias de R$ 25 mil cada. Contudo, nenhuma parcela teria sido quitada, e essa seria a cobrança feita por Robishley, Rafael e Diego.
O delegado também afirmou que familiares dos desaparecidos relataram que os três homens trabalham com cobrança de dívidas há cerca de 13 anos.
Antes disso, a esposa de uma das vítimas declarou no boletim de ocorrência que o valor da dívida seria de R$ 1 milhão. Outras testemunhas ouvidas pela polícia falaram em R$ 100 mil. Entretanto, até agora, apenas o valor de R$ 255 mil foi confirmado durante a investigação.
O coronel Hudson Leôncio Teixeira, secretário de Segurança Pública do Paraná, informou ao que o pai de uma das vítimas recebeu uma carta anônima indicando onde o carro do grupo estava. O bilhete foi deixado em frente à casa desse familiar. Os detalhes sobre como a carta chegou até lá não foram divulgados. Um informante também colaborou com as investigações.