A Polícia Civil do Paraná intensificou as investigações sobre a morte dos quatro homens encontrados enterrados na área rural de Icaraíma, e agora apura se as vítimas tinham envolvimento com o crime organizado. Para isso, foi montada uma força-tarefa que analisa o histórico criminal de todos os envolvidos no caso, incluindo suspeitos e vítimas.
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De acordo com a corporação, o inquérito reúne um grande volume de informações e documentos, o que exige uma análise detalhada. O material está sob sigilo, e ainda não há previsão para a conclusão dos trabalhos. No entanto foi levantado que as vítimas tinham envolvimentos em estelionato, furto, ameaça, apropriação indébita, tráfico de drogas, violência doméstica e tentativa de homicídio estão no histórico policial de três dos quatro homens assassinados no dia 5 de agosto.
As vítimas — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza — saíram de São José do Rio Preto (SP) no início de agosto para cobrar uma dívida no Paraná. Elas foram vistas pela última vez no dia 5 daquele mês e ficaram 44 dias desaparecidas, até que seus corpos foram localizados, em setembro, enterrados em uma propriedade rural.
Os principais suspeitos do crime são Antônio Buscariollo (foto), de 66 anos, e o filho dele, Paulo Ricardo Costa Buscariollo (foto), de 22, que estão foragidos. A defesa da dupla nega qualquer participação nas mortes.
Segundo a polícia, a apuração da ficha criminal das vítimas é uma etapa essencial para compreender o contexto do crime e identificar se havia alguma relação entre o grupo e atividades ilícitas. “O objetivo é entender todas as conexões possíveis. Essa análise faz parte da investigação, que busca esclarecer não apenas quem cometeu o crime, mas também o motivo”, informou a corporação.
As mortes seguem sendo investigadas como homicídio qualificado, e novas diligências estão em andamento.
Histórico dos suspeitos
Antonio Buscariollo
2018: posse ilegal de arma de fogo
Paulo Ricardo Costa Buscariollo
Nada consta
Diego Henrique Affonso
1014: ameaça no âmbito da Lei Maria da Penha; estelionato
023 – estelionato, ameaça e redução à condição análoga à de escravo
2022 – ameaça e estelionato
2021 – estelionato, difamação, ameaça e injúria
2019 – apropriação indébita
2018 – ameaça
Rafael Juliano Marascalchi
2025 – ameaça
2023 – exercício arbitrário das próprias razões
2022: exercício arbitrário das próprias razões
2018: ameaça
2017: ameaça no contexto de violência doméstica e familiar
2014: ameaça
2008: tráfico de drogas e associação para o tráfico
2007: tráfico de drogas
2005: tentativa de homicídio
Robishley Hirnani de Oliveira
2018: dano, estelionato e ameaça
2017: estelionato
2016: ameaça, exercício arbitrário das próprias razões, ameaça à esposa, lesão culposa no trânsito, fuga do local e estelionato
2015: estelionato
2014: embriaguez ao volante, estelionato e ameaça
2013: ameaça à esposa e crime ambiental
2003: furto qualificado


















