A menopausa marca aquele momento em que os ciclos menstruais cessam de forma permanente, geralmente acontece entre os 45 e 55 anos, embora haja variações.
Com a menopausa, há queda nos níveis de hormônios como estrogênio e progesterona, o que desencadeia diversas mudanças físicas, metabólicas, geniturinárias e emocionais
Sintomas mais comuns do climatério/ menopausa:
- Ondas de calor (fogachos), suores noturnos
- Alterações no sono
- Secura vaginal e redução da lubrificação
- Dor ou desconforto durante relações sexuais
- Mudança na distribuição de gordura corporal e aumento de peso
- Perda de massa óssea (osteopenia/osteoporose)
- Alterações no metabolismo, níveis lipídicos e risco cardiovascular
- Queixas urinárias (urgência, frequência, incontinência)
- Sensações de peso acompanhada de prolapsos pélvicos
Entre esses sintomas geniturinários e pélvicos, muitos resistem ao tempo e causam impacto forte na qualidade de vida de mulheres na pós-menopausa.
Desafios do assoalho pélvico na menopausa
Com a queda hormonal, tecidos geniturinários tornam-se mais frágeis, menos lubrificados e com menor elasticidade. Isso favorece o que se denomina de síndrome geniturinária da menopausa (gsm, do inglês genitourinary syndrome of menopause), que engloba sintomas como:
- Secura vaginal
- Irritação, coceira ou ardência
- Dispareunia (dor durante a relação sexual)
- Urgência e frequência urinária
- Incontinência (vazamentos)
- Sensação de peso ou pressão interna (prolapso)
A atrofia vaginal (vaginal atrophy) também é comum, resultando em afinamento e fragilidade dos tecidos. Estima-se que até 70% das mulheres menopausadas sofram com disfunções do assoalho pélvico (incontinência, prolapsos, etc.) Em algum grau.
Além disso, há evidências científicas de que tais disfunções estão associadas à disfunção sexual em mulheres menopausadas — perda de libido, dificuldade de excitação, dor e menor satisfação sexual.
Estudos mostram que quanto mais forte a musculatura do assoalho pélvico (pfm) se apresenta, melhores os níveis de excitação, orgasmo e satisfação sexual, especialmente em mulheres no período perimenopausal.
Esses dados sublinham que, na menopausa, o cuidado com o assoalho pélvico não é um diferencial, é uma necessidade para preservar função, conforto e bem-estar íntimo.
O papel da fisioterapia pélvica na menopausa
A fisioterapia pélvica (ou reabilitação do assoalho pélvico) é uma abordagem conservadora e eficaz para tratar disfunções geniturinárias e prevenir agravamentos, atuando por meio de:
- Exercícios de fortalecimento muscular
- Técnicas de relaxamento e coordenação (equilíbrio entre contração e relaxamento)
- Terapias manuais e mobilizações
- Biofeedback e eletroestimulação (quando necessário)
- Educação postural, consciência corporal e reeducação funcional
- Orientações e exercícios domiciliares
Vantagens e benefícios
- Diminuição ou controle de vazamentos urinários (incontinência)
- Redução da urgência e frequência urinária
- Melhora da elasticidade e funcionalidade dos tecidos genitais
- Diminuição da dor durante relações sexuais
- Aumento da satisfação sexual, função erétil feminina e sensação
- Melhora da autoestima, confiança e bem-estar corporal
- Prevenção de agravamentos futuros (prolapsos mais severos, complicações)
- Baixo risco e abordagem não invasiva
Diferentemente de intervenções mais agressivas, a fisioterapia pélvica oferece uma alternativa segura, personalizada e adaptada ao tempo e condição de cada mulher.
Curiosidades e mitos
- “já passou da menopausa; não vale a pena tratar” – falso. Estudos mostram que ganhos de força muscular são possíveis mesmo em fases tardias da menopausa, embora em ritmo mais lento.
- Fisioterapia pélvica = só para “problemas sérios” – não. Ela pode (e deve) ser usada de forma preventiva ou de leve a moderada queixa, não apenas em casos avançados.
- O tratamento é doloroso ou invasivo – com profissionais capacitados, as técnicas são progressivas e respeitam o conforto da paciente.
- Só mulheres jovens fazem fisioterapia pélvica – ao contrário: mulheres em pós-menopausa têm demanda crescente por esses cuidados.
A menopausa não é uma sentença, mas uma fase de transição que merece atenção. Ignorar os sinais geniturinários e pélvicos pode comprometer a qualidade de vida, a intimidade, a autoestima e a saúde global.
Na clínica vivaz saúde integrada, o enfoque é acolhedor, individualizado e orientado para promover autonomia na mulher. Ao oferecer protocolos adaptados de reabilitação pélvica, técnicas manuais, consciência corporal e acompanhamento constante, a clínica convida cada mulher menopausada a retomar o protagonismo de seu corpo.
Comece hoje mesmo: procure avaliação especializada, informe-se, pergunte, questione os recursos disponíveis. Investir no assoalho pélvico é investir em qualidade de vida, autoestima, sexualidade e bem-estar duradouros.






















