Produtores de soja de todo o país são contrários ao tabelamento do frete e defendem a instituição de uma tabela de referência para os preços do transporte de carga. O tema foi discutido na última terça-feira (3/7), em Brasília, durante a reunião da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), que discutiu a aprovação da Medida Provisória 838/2018 que trata do tabelamento, entre outros temas.
Estiveram presentes o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Paraná (Aprosoja PR), o goioerense Márcio Bonesi, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, e presidentes das Aprosojas estaduais de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Bahia e Piauí.
O encontro, realizado na sede do Instituto Pensar Agro (IPA), contou com a presença do Senador Álvaro Dias, da presidente da FPA, deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) e pelos deputados Sérgio Souza (MDB/PR), Luiz Nishimori (PR-PR), Osmar Serraglio (PP-PR), Valdir Colatto (MDB-SC), Covatti Filho (PP-RS), Osmar Terra (MDB-RS), relator da MP, entre outros parlamentares.
PROBLEMAS. “Com esta tabela que está em vigência hoje os produtores que têm silos em suas propriedades não estão conseguindo escoar a safra de soja armazenada para abrir espaço para a nova safra de milho que já está sendo colhida. As cooperativas que não tem frota própria de caminhões também estão sofrendo para escoar a soja de seus silos para abrir espaço para o milho segunda safra e também para realizar as entregas de fertilizantes que estão no Porto de Paranaguá, que por sinal está abarrotado de fertilizantes. Por tudo isso, pode ocorrer atrasos no plantio da próxima safra de soja e consequentemente atraso do milho safrinha”, destacou Bonesi.
Segundo Bonesi, com este tabelamento de fretes, os custos ficaram todos para o agronegócio. “O preço de produtos na lousa da cooperativa abaixaram e todos os custos do agronegócio subiram pois tudo do agronegócio depende do transporte rodoviário”.
AMEAÇA. Márcio Bonesi lembra que muitas transportadoras não têm caminhões e somente pegam os fretes das tradings e repassam para os motoristas autônomo. De acordo com o presidente da Aprosoja Paraná, nas negociações com os líderes dos caminhoneiros, a ameaça de paralisação sempre vem à tona. “O agronegócio já está parado sem escoar as safras, sem receber os fertilizantes, e a população ficou com a alta de combustíveis e com toda alta dos alimentos e gás. Vamos ver se a população vai apoiar.