Um dos prédios mais antigos de Goioerê, localizado na avenida 19 de Agosto, em frente ao antigo Hospital São Lucas, terá sua demolição concluída a partir de quinta-feira, quando os trabalhos iniciados há dois meses, terá continuidade.
Conforme explica um dos proprietários do imóvel, o médico Rogério Araujo, a estrutura do prédio foi condenada há cinco anos, motivo pelo qual deixou de ser alugada, e na época, juntamente com a outra proprietária Regina Borges, viúva do médico Dr. Elio, decidiram pela demolição do prédio, cujo piso estava cedendo correndo o risco de desabar . “Foi uma difícil decisão por se tratar de um prédio tão antigo em Goioerê. Mas sua recuperação era inviável, uma vez que o sotão que existia na parte inferior cedeu e o prédio começou a afundar” – explica Rogério de Araujo.
Desde então os proprietários solicitaram para um coletor de material reciclado que mora na área externa do prédio, deixar o local para que pudessem providenciar a demolição do prédio temendo que uma tragédia pudesse ocorrer no local.
Neste ano o prédio foi alvo de notificação por parte da Vigilância Sanitária em razão da proliferação de ratos, baratas e outros insetos motivados pelo entulho de lixo que se acumula no local, acondicionado pelo coletor que pelas condições da edificação já vinha dormindo no interior de uma kombi.
O problema da proliferação dos ratos e baratas se acentuou ainda mais pelo motivo de do lado esquerdo do prédio está instalado um Laboratório e do lado direito um restaurante.
Dessa forma, há dois meses os proprietários, depois de solicitar que o coletor deixasse o local, iniciaram o processo de demolição do prédio, que acabou sendo embargado a pedido da Promotora Juliana Weber que solicitou um prazo de dois meses para resolver a situação do coletor que alegou não ter onde morar.
Na última semana o proprietário foi comunicado pelo Ministério Público que poderia concluir a demolição do imóvel, uma vez que o coletor se recusou a aceitar toda a ajuda que lhe foi oferecida por parte do Creas e de uma entidade que iria pagar 6 meses de aluguel, enquanto o Cras iria fornecer duas cestas básicas ao coletor. Neste tempo a equipe do Creas daria entrada no pedido de aposentadoria do coletor, para que passado o prazo de seus meses, através de seu trabalho de coletor de material reciclado, já que ele é registrado pela ATA, e com a aposentadoria pudesse se manter.
Conforme explica o médico Rogério Araujo, o coletor nunca teve nenhum vínculo com os proprietários do prédio e sua permanência naquele local foi só a título de dar abrigo ao coletor que não tinha onde ficar e que a decisão de demolir a edificação é para resolver os problemas que a Vigilância Sanitária identificou no local.