Foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão em julgamento residido ontem no Fórum de Campo Mourão, o jovem Bruno Terra Gasques, 23 nos, pelo assassinato de Ricardo Danilo Casarotti e pela tentativa de homicídio de Maicon William Sega, 30 anos.
O crime ocorreu na madrugada do dia 7 de dezembro de 2013, durante a festa de formatura da irmã de Casarotti, no Clube 10 de Outubro, em Campo Mourão.
Foram 10 horas de julgamento – começou às 9 horas e encerrou às 19 horas -, com a presença de familiares da vítima, que até hoje não se conformam com a motivação banal com que ocorreu o crime. O pai de Danilo, Roberto Casarotti, que na época trabalhava como administrador do cemitério São Judas Tadeu, visitava todos os dias o túmulo do filho.
Apesar da condenação, Bruno Terra não ficará preso. A justiça entende que ele não representa risco à sociedade. O Promotor de Justiça, Noboro Fucace disse que foram dois crimes de natureza banal – homicídio de Ricardo e tentativa de homicídio contra Maicon.
“Foram dois crimes de homicídio, um tentado e outro consumado, ambos por motivo fútil. Ao final o Conselho de Sentença deliberou por condenar o réu nas penas do homicídio consumado, em relação ao Ricardo Casarotti. Em relação a vitima Maicon, ele foi condenado também, mas o Conselho de Sentença reconheceu uma causa de remissão consistente de pena por ele ter agido sob violenta emoção, por conta de uma provocação da vítima”, disse o promotor.
O advogado Angelo Porcel Renon, que atuou na defesa de Bruno Terra disse que vai recorrer da decisão. Ele considera que o veredicto teve dois pesos e duas medidas. “Causa estranheza o veredicto, pois houve uma condenação grave em relação ao Ricardo, mas com relação à morte do Maicon, parece que a vida dele valia menos. São teses de defesa construídas em relação aos dois casos num mesmo contexto fático, ou seja, num mesmo local e data, por isso me estranha essa divergência dos jurados”, declarou o advogado
O CRIME. Ricardo Casarotti, que estava concluindo o curso de educação física na Faculdade Integrado – ia se formar em fevereiro do ano seguinte -, participava com a família da formatura da irmã no Clube 10 de Outubro. Ao ver o amigo Maicon William envolvido em uma confusão, ele entrou para separar, mas acabou sendo esfaqueado.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ele morreu no local. O crime gerou grande revolta na cidade e protesto na cidade. Familiares e amigos promoveram passeata pelas ruas principais de Campo Mourão em protesto, que começou em frente ao Fórum. Todos pediam justiça.