Funcionando desde o último dia 4, os primeiros 10 dias do novo sistema de coleta de lixo que foi implantado em Goioerê pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, não apresentou resultado satisfatório, demonstrando que a população não aderiu ao novo sistema que envolve a coleta de lixo que torna obrigatória a separação do lixo úmido, ou seja, papel higiênico, restos de comida, copinhos plásticos, embalagens de café e chips (ou qualquer outra embalagem, cujo interior é laminado) entre outros ítens.
Não bastasse o lixo úmido não estar sendo separado corretamente, a mesma situação ocorre com o lixo reciclado, que está sendo realizado de forma totalmente desordenada, gerando transtornos para os coletores e funcionários da ATA, que realizam a separação do material que vai para a Associação. Quase 50% deste material é formado por lixo úmido.
Situação que demonstra claramente que o novo sistema de lixo não teve a adesão da população goioerense.
FALTA ORIENTAÇÃO. O não cumprimento ao novo sistema de coleta de lixo é recorrente da falta de uma ampla campanha de orientação e conscientização da população para a necessidade de se fazer a separação correta, assim como que tipo de material deve ser separado para a coleta seletiva.
Segundo o secretário Antonio de Lima, nos dias que antecedeceu a entrada em vigor do novo sistema de coleta de lixo, foram entregues nas residências panfletos orientando os moradores. No entanto, os próprios coletores de lixo afirmam que não receberam informações adequadas e que nem os materiais informativos que foram anunciados que seriam entregues nas residências, não ocorreu como era previsto.
E, dessa forma, o insucesso em relação ao novo sistema de coleta de lixo implantado na cidade pode ser observado nos caminhões coletores onde grande quantidade de material reciclado foi encontrado misturado ao lixo úmido, como a reportagem da Tribuna atestou na tarde de segunda-feira. Mesma situação encontrada na ATA, onde cerca de 50% do material que é recolhido nos dias da coleta seletiva, é misturado com lixo úmido.
LOCAIS ISOLADOS. Em todo o perímetro urbano de Goioerê o local onde os moradores fazem a separação do lixo da forma mais correta é no Conjunto Cidade Alta, conforme destacam, tanto os coletores de lixo como os de material reciclado.
Em seguida aparece o Jardim Morumbi. Nos demais, a separação é realizada de forma irregular, demonstrando assim que a população, apesar das ameaças de multas, não aderiu ao novo sistema.
De coleta de lixo urbano que, ao que parece, ficou apenas nos discursos sem nenhum efeito prático por parte dos setores responsáveis.
CONTROVÉRSIAS. Ao ouvir coletores de lixo e coletores da ATA, a reportagem da Tribuna constatou que existe uma falta de sintonia entre o que o que a Prefeitura divulga em relação ao material reciclado e o que ocorre na prática pela Associação dos Coletores.
Em fala do secretário Antonio de Lima, durante palestra realizada para alunos do IFPR, assim como para a reportagem da Tribuna, o secretário afirmou que o isopor apesar de ser um material de difícil comércio, através da parceria da Ata com a Prefeitura, a associação iria recolher este material que futuramente passará por um processo químico, reduzindo em mais de 50% o seu volume.
Por sua vez, os funcionários da ATA estão descartando todo o isopor recolhido no material reciclado, para ser jogado no aterro sanitário, por não ser material com comércio. Da mesma forma o copo plástico, que consta no material informativo da Prefeitura como lixo seco, igualmente é descartado pela ATA por falta de comércio.
Um projeto tão significativo para o município e de tamanho impacto ambiental se colocado em prática, que merece um pouco mais de atenção por parte de seus idealizadores, assim como da população em se esforçar em adotar praticas ambientalmente correta, como a separação do lixo seco e do lixo úmido.