Mais 18 venezuelanos chegarão em Goioerê no dia 31 de maio. A chegada prevista para a madrugada deste domingo, 26, teve que ser transferida para o dia 31 por motivos de data do voo que trará os venezuelanos de Roraima até Curitiba.
Os 18 novos venezuelanos vão se juntar aos 26 venezuelanos que estão morando lá. Os 18 venezuelanos pertencem a 4 famílias. Serão 8 adultos (5 mulheres e 3 homens), 8 crianças e 2 adolescentes.
Este será o 7º grupo desde que a Aldeia SOS de Goioerê passou a fazer parte do projeto de interiorização, criado para lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira de Pacaraima, no Norte de Roraima, com objetivo de oferecer melhores condições de vida no Brasil.
O primeiro grupo chegou em Goioerê no dia 31 de agosto de 2018 e neste período Goioerê acolheu um total de 122 venezuelanos. Muitos já foram embora. Atualmente são 26 venezuelanos instalados na Aldeia SOS e 23 morando na cidade, em casas alugadas. Sete famílias já se mudaram de Goioerê, para outros cidades do Paraná e até outros estados.
De acordo com Alessandra Salvador, coordenadora do projeto Brasil sem Fronteiras, além dos venezuelano que chegam em Goioerê pelo projeto Brasil sem Fronteiras, existem mais cerca de 40 venezuelanos que migraram para Goioerê, vindos de outros locais de forma independente ou ainda por intermédio de famílias venezuelanas que estão em Goioerê.
Dos venezuelanos que estão em Goioerê, através do projeto Brasil sem Fronteiras, 24 estão trabalhando com carteira registrada e outras 24 na informalidade. São pessoas que estão trabalhando em diversos locais como Tinturaria Sintex, Fiação Goioerê, Mercados, padarias, na construção civil entre diversos ou locais.
DOAÇÕES. A coordenadora Alessandra Salvador comenta que mesmo com as doações já recebidas, a necessidade da ajuda da comunidade é diária, pois quando os venezuelanos se mudam levam o que ganham. Desta forma qem quiser ajudar com travesseiros, colchões, toalhas, jogos de cama, móveis, cobertores sempre serão bem-vindos. Para fazer as doações é só ligar para a equipe do projeto, pelos telefones (44) 99731-5697 ou 3522-1763.
EQUIPE. Para coordenar todo o trabalho que envolve o projeto Brasil sem Fronteira, envolvendo a interiorização dos venezuelanos em Goioerê, a ACNUR, uma organização que coordena no Brasil o projeto, contratou uma equipe formada por 5 profissionais em Goioerê.
RECURSOS NA CIDADE. A coordenadora do projeto em Goioerê, Alessandra Salvador destaca que a cidade ganha por acolher os refugiados venezuelanos. Ela explica que mensalmente cerca de R$ 50 mil fica no comércio de Goioerê, em mercados, farmácias, livrarias, lojas esportivas entre outros setores. “Estes R$ 50 mil representam o salário da equipe contratada e os recursos para manutenção dos venezuelanos na Aldeia SOS. Ela destaca ainda as famílias que quando arrumam emprego, alugam casas e passam a consumir o salário no comércio local”.