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Notícias / Geral App que envelhece o rosto ameaça privacidade

quinta-feira, 18 julho de 2019.

O aplicativo que envelhece ameaça a privacidade dos usuários

O FaceApp, aplicativo de manipulação de imagens que voltou a bombar nas redes sociais  nos últimos dias ao envelhecer rostos, coleta dados pessoais para realizar seus serviços sem deixar explícito qual tratamento dá a essa informação.

Segundo especialistas, não há indicação de comportamento malicioso por parte do app. A prática de pegar dados dos usuários, na verdade, não foge muito do usual em aplicativos do gênero. O que não é necessariamente boa notícia.

O FaceApp caiu no gosto do público pela primeira vez em 2018, quando passou a oferecer a opção de “trocar o gênero” dos usuários. Por meio de inteligência artificial  também transformou internautas em crianças.

De acordo com Nikolaos Chrysaidos, chefe de ameaças em dispositivos móveis da Avast, não há pedido de permissão “suspeito” no aplicativo, e a comunicação feita entre telefones e os servidores do FaceApp é segura. Também não foi detectado o envio de dados irregulares nessa conexão.

Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, destacou que nesse tipo de aplicativos a maior preocupação é a privacidade. “Por utilizar inteligência artificial para fazer as modificações [nas fotos], uma tecnologia usada em reconhecimento facial, a empresa dona do app pode vender essas fotos para empresas que compram esse tipo de tecnologia, pois o reconhecimento facial  está crescendo mundialmente”, afirma Assolini.

DADOS COLETADOS

Em sua política de privacidade, o FaceApp diz coletar os dados fornecidos pelo usuário, como as fotos enviadas, com a possibilidade de compartilhar as informações com terceiros. De acordo com Dennys Antonialli, diretor presidente do InternetLab e especialista em proteção de dados, o documento é “genérico”, mas dentro do padrão de mercado.

Os termos não deixam claro como eles lidam com as informações do usuário, mas também não indicam que há um uso perverso. Por não ser específica, a política deixa brecha para que as informações pessoais sejam usadas para fins não desejados no futuro —um caso possível seria a venda das fotos para ajudar sistemas de reconhecimento facial.

 

 

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