No início da noite da última terça-feira, 3, por volta das 20 horas entrou em contato com o Destacamento da Polícia Militar de Juranda, E. D. T. a qual informou que sua madrasta, C. S. B. havia tentado entrar em contato com ela mas aparentemente seu o cônjuge de C. e pai de E., senhor José Theodoro de Oliveira Neto tomou o celular de sua mão, estava mantendo ela em cárcere, não deixando C. sair do local nem ter contato com ninguém.
A equipe da PM de Juranda prontamente deslocou ao endereço mencionado e observou a residência fechada. Em contato com populares e vizinhos, os mesmos disseram que havia uma gritaria no interior da casa, e ao que parecia havia um indivíduo agredindo uma mulher.
A equipe então fazer contatos e buscando a atenção de alguém da residência, quando ouviu gritos femininos pedindo por socorro, gritos estes, supostamente abafados, quando então pelo portão que estaria destravado a equipe adentrou ao quintal e buscou contato, na tentativa de conter uma possível ação. A partir dai os policiais continuaram ouvindo gritos abafados.
E com objetivo de preservar a vida de uma suposta vítima, e como os policiais havia ouvido os barulhos, como a solicitante havia informado, e pelo testemunho de populares, os policiais adentraram na residência buscando encontrar o cômodo. Em dado momento os policiais viram alguém, que apresentou-se saindo de um quarto.
Era José Theodoro, sem camisa e sapatos. Foi-lhe perguntado ao mesmo se haveria mais alguém no local e informou que havia somente sua mulher. Foi quando os policiais avistaram C. S. B. aos prantos segurando um bebê de 9 meses, pedindo ajuda quando avistou a equipe policial, nesse momento foi abordada por José Theodoro que já estava no cômodo e conversando com os policiais.
CONSTANTES AGRESSÕES. Em conversa C.S.B., relatou que sempre sofre agressões físicas, verbais, pressão psicológica, que já foi forçada a ter relações sexuais com Zézinho, mesmo quando estava grávida. Ela relatou que na terça-feira, 3 ele chegou e pediu seu celular. Pediu para ela tirar seu carro para ele estacionar, que ficou com raiva e disse para ela sair que ele faria o serviço certo, que ela não prestava para nada.
Logo após dentro da residência o mesmo começou a xingar C. S. B., ela tentou defender-se mas ele a agrediu, puxando seus cabelos, mesmo ela com a criança nos braços, que foi constatada uma grande queda capilar no laudo de lesões corporais, que ainda desferiu dois socos em sua face na região de seus lábios, gerando lesão também, e ainda em seu braço e antebraço direito escoriações de empurrá-la e apertá-la.
PRESO. José Theodoro, ex-vereador de Juranda, conhecido como “Zézinho”, não resistiu à prisão. No entanto queria resolver tudo no local, não queria ser encaminhado ao Destacamento e perguntou se os policiais sabiam quem ele era, tendo em vista que o mesmo já foi vereador por dois mandatos em Juranda.
Os policiais foram informados por C. S. B. que ele não deixou ela ter contato com ninguém mesmo por celular, que não queria deixá-la sair, e colocou em risco o filho deles, pois pelos relatos ele a agrediu em todos os momentos quando ela estava segurando a criança.
A equipe então deu voz de prisão a “Zézinho” e informou seus direitos constitucionais. O mesmo já entrou em contato com seu advogado. Ele não ofereceu resistência e não foi utilizada algemas, que as duas partes foram encaminhadas para o hospital municipal para confecção de laudo de lesão corporal, que além das lesões de C. S. B., o senhor J. T. A. N. possuía uma lesão em seu dedo anelar da mão direita, que não possível identificar pela equipe da PM.
A equipe do DPM de Juranda (Cb Willian, Sd Douglas e o Sd Carlos) acionou o Conselho Tutelar para acompanhar a situação, (devido ter criança na situação) e encaminhou os dois para 50ª Delegacia de Polícia Civil de Ubiratã para providências cabíveis.
Na data de ontem, quinta-feira, 5, Zézinho Theodoro, conseguiu liberdade provisória após pagar uma fiança no valor de R$ 2.500,00. No entanto, ele só pode ficar na rua até as 22 horas e não pode frequentar bares.