Uma equipe de funcionários do grupo Cataratas SA, com apoio voluntário de dez bombeiros militares, promoveu na segunda-feira (23) a limpeza da região próxima às passarelas das Cataratas do Iguaçu. De acordo com o biólogo Pedro Fogaça, a ação terminou por recolher mais de 200 quilos de moedas lançadas por visitantes em busca da realização de sonhos e desejos.
“Respeitamos as superstições dos nossos visitantes, mas o fato é que lançar moedas na natureza desta forma compromete os recursos hídricos do Rio Iguaçu, além de representar um perigo para peixes e aves que muitas vezes terminam por ingerir estas moedas”, explicou o biólogo.
De acordo com o representante da concessionária responsável por administrar o Parque Nacional do Iguaçu, o baixo nível do rio, somado a presença do efetivo de bombeiros militares, foi fundamental para recolher o maior volume de resíduos do local já contabilizado ao longo dos últimos dez anos.
“Diante do nível baixo do Rio Iguaçu, em razão do período de estiagem, aproveitamos para recolher lixo e moedas jogadas pelos visitantes nas passarelas das Cataratas. O intuito é recolher o maior volume desses resíduos e também aproveitar para fazer uma campanha de educação ambiental a respeito da preservação do rio. Foi o maior número de material recolhido em dez anos”, reforçou o especialista ao destacar os riscos que as moedas e demais resíduos representam ao meio ambiente. “Jogar moeda é uma crendice, não estamos roubando o dinheiro lançado pelos visitantes, o grande problema é que a moeda na água libera metal pesado, polui a questão hídrica do rio, além do risco de peixes e aves ingerirem estas moedas e até mesmo morrerem”, completou.
Ainda não foi contabilizado o valor recolhido com a operação. A expectativa é de que o recurso seja doado para alguma entidade social, que será definida em parceria com o grupo Cataratas SA. (O Presente).