Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira-feira, 24, mostra que cerca de metade (51%) dos brasileiros desistiram de comentar ou compartilhar conteúdos relacionados a política no WhatsApp para evitar brigas, depois do racha de famílias e amigos brigados nos últimos anos, e com isso desistiram de falar de política em grupos para evitar aborrecimentos.
Pesquisa aponta que 1 em cada 5 pessoas deixou de seguir ou bloqueou perfil de amigo, familiar ou empresa por discordar de posições políticas
Entre os funcionários públicos, o índice dos que se autocensuraram é de 61%. Já as donas de casa não se furtam de comentários: 60% não deixaram de falar por medo de desavenças.
Ainda segundo o Datafolha, 59% concordam que as redes sociais espalham mais fake news do que informam e 77% acham que as redes dão voz a quem não tem espaço na sociedade.
Entre os entrevistados, 27% saíram de algum grupo para não discutir. Outros 19% deixaram de seguir ou bloquearam o perfil de um amigo, familiar ou até de empresas por discordar de suas posições políticas.
- 51% – deixaram de comentar ou compartilhar alguma coisa sobre política em grupo de WhatsApp para evitar discussões com amigos ou familiares;
- 46% – deixaram de publicar algo sobre política nas redes sociais para evitar discussões com amigos ou familiares;
- 27% – saíram de algum grupo de WhatsApp para evitar discussões políticas com amigos ou familiares;
- 19% – deixaram de seguir ou bloquearam algum amigo ou pessoa da família por discordar das suas posições políticas;
- 19% – deixaram de seguir ou bloquearam alguma empresa ou marca por causa de suas posições políticas;
- 16% – entraram em grupo em redes sociais para discutir e divulgar ideias políticas parecidas com a sua;
- 14% – mudaram a foto do perfil para apoiar alguma causa política.
O levantamento entrevistou 2.948 pessoas em 176 municípios em 5 e 6 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. As respostas citadas se referem a comportamentos adotados nos últimos 12 meses, ou seja, de dezembro de 2018 a dezembro de 2019. Considera apenas quem tem conta em redes sociais.