Desde o dia 1° de janeiro, já estão valendo os novos limites para o brasileiro trazer compras do exterior sem pagar impostos. No free shop dos aeroportos, o limite dobrou de US$ 500 para US$ 1.000. Já em viagens por terra, rio ou lago, o valor aumentou de US$ 300 para US$ 500.
Para quem compra no exterior e retorna ao Brasil de avião, o limite segue o mesmo, de US$ 500. No entanto, é possível somar esse valor ao do free shop, totalizando US$ 1.500 por passageiro. Mas o valor não é a única restrição: também há limites de quantidade. Por exemplo, só podem ser compradas 24 unidades de bebida alcoólica no free shop.
Se os produtos passarem do valor máximo, quantidades ou forem considerados mercadorias para revenda, a Receita Federal cobrará imposto. Quem não declarar corretamente pode pagar uma multa. Confira abaixo mais informações sobre as mudanças.
US$ 1.000 do free shop na volta
Desde o primeiro dia do ano, o limite para compras no free shop do aeroporto de desembarque no Brasil passou de US$ 500 para US$ 1.000 por viajante. As compras no exterior, para quem viaja de avião, continuam com o limite de US$ 500. Portanto, o valor total isento de imposto para o passageiro que fizer compras no exterior é de US$ 1.500.
US$ 500 para quem vem por rio, lago ou terra
Quem vem do exterior por terra (carro, ônibus), rio ou lago (barcos) agora pode comprar até US$ 500 isento de impostos. Antes, o limite era de US$ 300. Para quem vem em navios, pelo mar, o limite segue o mesmo, também de US$ 500.
Valores de uma família não podem ser somados
Em qualquer situação, seja de compra no exterior, no free shop, chegando de avião, carro ou barco, o valor máximo é calculado por pessoa. Uma família de quatro pessoas, por exemplo, não pode somar quatro cotas de US$ 500 para trazer um eletrônico de US$ 2.000 sem pagar imposto.
Para aqueles que viajam bastante, a cota de isenção se renova a cada intervalo de um mês, a contar pela data de chegada da última viagem internacional.
Para não pagar imposto, não basta apenas obedecer aos limites de valores. Também é preciso ficar por dentro das quantidades permitidas a cada produto.
Quem compra charutos no exterior, por exemplo, só pode trazer 25 unidades, independentemente do valor. Mas há uma forma de aumentar essa quantidade: somar o limite da compra no exterior com a do free shop, que também é de 25 charutos. No total, é possível comprar 50 unidades. Veja a seguir as quantidades permitidas para alguns produtos conforme o meio de transporte e o local de compra.
Compra no free shop na volta ao Brasil:
24 unidades de bebidas alcoólicas (no máximo 12 unidades por bebida)
20 maços de cigarros
25 unidades de charutos ou cigarrilhas
250 gramas de fumo preparado para cachimbo
10 unidades de artigos de higiene pessoal, como perfumes
Três unidades de relógios, máquinas, aparelhos, equipamentos, brinquedos, jogos ou instrumentos elétricos, ou eletrônicos
Compra no exterior e chegada por avião ou navio (mar):
12 litros de bebidas alcoólicas
10 maços de cigarro com 20 unidades cada
25 unidades de charutos ou cigarrilhas
250 gramas de fumo
20 unidades de outros produtos de até US$ 10 cada (no máximo dez itens
iguais)
20 unidades de outros produtos acima de US$ 10 cada (no máximo três itens iguais)
Compras no exterior e chegada por terra ou rio/lago:
12 litros de bebidas alcoólicas
10 maços de cigarro com 20 unidades cada
250 gramas de fumo
20 unidades de outros produtos de até US$ 5 cada (no máximo dez itens iguais)
20 unidades de outros produtos acima de US$ 5 cada (no máximo três itens iguais)
Produtos isentos não entram na cota
A Receita Federal não cobra imposto sobre determinados produtos. Esses bens não precisam ser declarados no retorno ao país e o valor deles não é considerado para calcular a cota geral ou a do free shop.
Livros, folhetos e revistas trazidos do exterior não são tributados. Também são isentos bens de consumo pessoal. Para ser enquadrado nessa categoria, o produto precisa estar na condição de usado. A Receita considera outros fatores, como:
Circunstâncias da viagem (faz sentido a pessoa ter comprado esse produto no país que visitou?)
Perfil físico do viajante (uma pessoa grande não conseguiria classificar uma camisa PP como de uso pessoal, por exemplo)
Atividades profissionais executadas durante a viagem (um fotógrafo a trabalho teria mais facilidade em justificar a entrada de equipamentos fotográficos)
Além disso, para ser considerado de uso pessoal, os produtos não podem estar em quantidade que indiquem revenda. Existem outras condições específicas que podem tornar o produto isento de imposto.