Raphael Suss Marques é réu por homicídio qualificado, lesão corporal e fraude processual. Renata Muggiati morreu em Curitiba em setembro de 2015.
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) autorizou Raphael Suss Marques a trabalhar como médico nas unidades prisionais do Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, e na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
Renata morreu no dia 12 de setembro de 2o15. Ela estava no 31º andar de um prédio no Centro de Curitiba, no apartamento do namorado. Ele é acusado de asfixiar e depois jogar o corpo da atleta pela janela do apartamento.
O pedido foi feito pelo diretor do CMP, Samuel José da Silva Moreira, e autorizado pelo Depen. A solicitação afirma que “existe uma enorme demanda para atendimentos médicos a serem realizados” no presídio.
“O interno Raphael Suss Marques é um preso provisório, custodiado na Ala Especial deste Complexo Médico-Penal, ostentando bom comportamento carcerário e detentor da necessária habilitação técnica, com inscrição formal junto ao Conselho Regional de Medicina do Paraná, estando apto a prestar atendimento na área médica” – diz o pedido.
O diretor-geral do Depen, Francisco Caricati, afirmou que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) autoriza que mesmo presos provisórios, ainda sem condenação, trabalhem enquanto estão detidos.
“Nós aproveitamos essa mão de obra com qualificação profissional para suprir algumas necessidades do complexo. Há casos também de engenheiros que fazem projetos, por exemplo” – afirmou.
De acordo com a escala de Raphael Suss Marques, ele atende em outras unidades prisionais às terças, quartas e quintas-feiras. Segundo a escala, nestes dias, o réu sai do CMP às 8h30 e retorna ao presídio às 16h30.