Preocupados com o avanço da covid-19 em Goioerê, a presidente da Associação Médica de Goioerê, Larissa Garcia se reuniu com diretores da associação quando discutiram a importância da entidade colaborar neste momento de pandemia com sugestões que venham nortear a Prefeitura para conter o número de mortes que estão ocorrendo em virtude do covid-19, assim como evitar a falta de vagas nas UTIs.
Um protocolo será entregue para a Secretária de Saúde, Silvia Santos, sugerindo três medicamentos para tratamento precoce do covid-19, em pacientes adultos em fase inicial da doença.
Trata-se da hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. Além de sugerir o uso destes medicamentos, o protocolo orienta a forma como utilizar estes medicamentos, assim como alerta para o consentimento do paciente para adesão ou recusa ao tratamento, assim como a orienta para realização de exames obrigatório antes da medicação.
Segundo Larissa Garcia, depois de analisarem as experiências que estão acontecendo no Brasil, com sucesso em relação à diminuição de internamento em UTI, médicos da Associação resolveram elaborar um protocolo de atendimento sugerindo para a Administração o tratamento precoce de pacientes adultos em fase inicial da doença.
O documento que será entregue à secretária de saúde, Silvia Santos, explica a presidente da Associação Médica de Goioerê, “trata-se de um resumo e uma compilação de vários protocolos já utilizados em várias regiões do Brasil e no exterior”.
A presidente, Larissa Garcia argumenta que a Associação Médica tem consciência de que estudos científicos mais aprofundados ainda estão em andamento e que a indicação destes protocolos foi baseada em estudos observacionais.
O objetivo é “contribuir no sentido de conter o número de óbitos e um risco iminente de falta de vagas em nossas UTI” – cita, afirmando que o tratamento precoce é uma sugestão até que novos estudos de evidências, tratamentos ou vacinas sejam utilizados.
Larissa Garcia afirma que a recomendação será reavaliada rotineiramente, e alerta que a orientação são para pacientes adultos na primeira fase que apresentem sintomas leves com febre, tosse dor de garganta, fadiga, cefaleia, corisa, diarreia, dor abdominal que são sintomas que aparecem geralmente do 1º ao 5º dia na fase 1 da doença.
O protocolo faz 18 observações caso o uso dos medicamentos sugeridos no protocolo sejam adotados assim como orienta a forma como ministrar os medicamentos.
Segundo a presidente da Associação Médica de Goioerê, caberá ao Prefeito e a Secretária de Saúde a decisão sobre o uso do protocolo junto as Unidades de Saúde em pacientes precoces.
MINISTÉRIO DA SAÚDE MUDA ESTRATÉGIA
Vale destacar que até mesmo o Ministério da Saúde mudou a orientação para atendimento dos casos de covid-19. Ao invés de incentivar a pessoa com sintomas leves a ficar em casa, agora em caso de sintomas procure um médico.
Segundo o Ministério da Saúde, os pacientes devem buscar o atendimento mesmo que seja sintomas leves. Ao longo da pandemia observou-se que ao aguardar em casa os pacientes chegam aos hospitais com quadros clínicos mais agravados e alguns casos o seu estado clínico evolui muito rapidamente.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, o tratamento precoce tem uma resposta mais assertiva, evitando a piora do paciente, diminuindo a necessidade do uso de respiradores ou ventiladores pulmonares.