O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nesta sexta-feira, 4, as chaves de novas moradias para 53 famílias de Rebouças, na Região Centro-Sul do Estado. As casas fazem parte do programa Nossa Gente Paraná, destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade social e são repassadas de graça. Ao todo, 165 pessoas serão beneficiadas diretamente.
No total, os projetos habitacionais vinculados ao programa Nossa Gente envolvem a construção de 1.511 casas populares em 24 municípios. Em Rebouças, o investimento por parte do Governo do Estado foi de R$ 4,3 milhões, o que permitiu que os imóveis fossem repassados gratuitamente aos moradores.
O público-alvo é formado por famílias com renda mensal de até 1,5 salário mínimo, previamente cadastradas no programa de assistência social, em uma parceria entre a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho e o município.
“Acabamos com as mordomias no Estado justamente para sobrar dinheiro e fazer investimentos em projetos que realmente mudam a vida as pessoas. E a habitação é o principal deles. Uma casa nova, estruturada, significa mais dignidade para a população”, afirmou Ratinho Junior.
O governador ressaltou que o objetivo do Poder Público é melhorar a qualidade de vida a população, garantindo moradia, educação, segurança e infraestrutura. “Nós do Governo do Estado trabalhamos todos os dias, desde bem cedo, para fazer com que os paranaenses sejam felizes. É isso o que mais importa”, disse Ratinho Junior.
ESTRUTURA. O projeto, explicou o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange, foi executado em 13 meses. Além das novas unidades habitacionais, também foram realizadas obras de urbanização na localidade, um assentamento precário de onde as famílias foram removidas, conhecido como Vila Facão. “As famílias antes moravam com muita dificuldade, em casas antigas e de madeira. Agora passam a contar com um novo lar, a custo zero, bem mais digno”, ressaltou Lange.
Durante a construção das unidades, a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho custeou o aluguel das famílias atendidas, que precisaram ser removidas por questões de segurança e também para permitir as ações de intervenção de melhoria da infraestrutura na região. “Todo investimento público deve visar como objetivo final as pessoas. O desenvolvimento é fundamental, desde que beneficie a todos. É isso que estamos vendo aqui em Rebouças”, comentou o secretário Mauro Rockenbach.
São dois tipos de casas para acomodar todas no mesmo espaço, 20 geminadas e 33 independentes, com custo unitário entre R$ 50 mil e R$ 55 mil. Todas possuem 40,99 metros quadrados e contam com dois quartos, banheiro, cozinha, sala de estar, laje de concreto e todo acabamento necessário (vasos sanitários, chuveiros e pias).
ESPERANÇA. A aposentada Margarida Ferreira dos Santos, de 67 anos, é uma das beneficiadas. Uma das mais antigas moradoras da vila, há mais de 15 anos na localidade, ela optou por alugar uma casa na mesma rua da obra. Viu, assim, as casas coloridas crescerem uma a uma. E a esperança também de um futuro melhor, com mais dignidade.
“Ficou bom demais. Eu recebo um salário mínimo por mês, não conseguiria nunca construir uma casa como essa. Agradeço por poder ter um lar como esse”, contou, enquanto ajustava detalhes da mudança com o marido. “A minha antiga casa estava podre, ia cair logo. Só posso ser grata ao Governo do Estado por olhar para os pobres da Vila Facão”, completou.
A esperança da dona de casa Maria Hélia Fagundes, 59 anos, é outra. Ela diz esperar que a troca de endereço para um imóvel totalmente novo ajude a amenizar a dor da ausência do filho mais velho, que faleceu recentemente. “É o jeito, tem de tentar ser feliz”, contou.
O sentimento dela pelo condomínio de casas é grande. Hélia, como gosta de ser chamada, era voluntária na obra. Uma vez por semana, meio período, ela ajudava com pequenos afazeres no canteiro de obras. “Varria, tirava mato, ajudava como podia”, disse.
ÁRVORE – A dona de casa Emília de Oliveira estava ainda mais feliz. Ela foi selecionada para receber as chaves do imóvel das mãos do governador Ratinho Junior. Se não bastasse, ainda recebeu ajuda para plantar uma árvore bem em frente à casa. “A emoção muita grande, uma alegria imensa para a gente”, contou.
REQUALIFICAÇÃO URBANA. Esse é um dos primeiros grandes projetos de requalificação urbana do Estado nessa década, estratégia desenvolvida justamente para garantir segurança e conforto para famílias vulneráveis. Nesse modelo, os moradores deixam as antigas casas, recebem ajuda de custo para aluguel na vida temporária (R$ 480), e retornam para um novo conjunto, inclusive com a casa no mesmo terreno. O programa é destinado para a chamada Faixa 1, a mais vulnerável, e não gera nenhum compromisso de dívida.
NOSSA GENTE. Os projetos habitacionais vinculados ao programa envolvem a construção de 1.511 casas populares em 24 municípios. Até o momento, 484 unidades já foram entregues, que somadas àquelas em execução totalizam investimentos de aproximadamente R$ 101 milhões.
Os recursos foram obtidos pelo governo estadual por meio de um financiamento internacional junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Além da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho e da Cohapar, o trabalho integrado do Governo do Estado conta com a participação da Copel e da Sanepar para instalação subsidiada das redes de energia elétrica, água e esgoto dos conjuntos residenciais.
PRESENÇAS – Participaram da cerimônia os secretários Sandro Alex (Infraestrutura e Logística), o coordenador regional da Cohapar, Milton de Lacerda Roseira Júnior; os deputados estaduais Hussein Bakri, líder do Governo na Assembleia, Alexandre Curi e Emerson Bacil; além de lideranças políticas e empresariais da região.