Procurando esta semana um tema para esta minha coluna, deparei-me com duas “lições”… analisando-as, e devido a algumas coisas acontecidas recentemente, não pude deixar de pensar que podemos juntar as duas e aplicá-las a uma mesma situação…
Como todos conhecem (no MÍNIMO uma!), há pessoas que, quando acham que estão certas… Deus me perdoe, mas acho que nem mesmo se Ele se apresentasse diante delas tentando mostrar um outro lado, elas não aceitariam.
Isso me leva à reflexão sobre…
A lição da Árvore
Uma árvore não é apenas o que se vê externamente. Do mesmo modo, o ser humano não é só aquilo que se apresenta aos nossos olhos. A árvore tem raízes escondidas debaixo da terra, e o homem tem “algo” escondido dentro de si que são suas mais profundas raízes. A copa e o tronco são as partes visíveis da árvore. Correspondem ao que as pessoas enxergam de nós, é a nossa aparência, o que queremos que as pessoas conheçam da gente. As raízes ficam abaixo da superfície da terra. É a parte obscura e “suja” da árvore. Nós, seres humanos também temos uma parte que escondemos das pessoas. Todos os nossos impulsos secretos, nossas vergonhas, nossos medos, nossos pensamentos “sujos”, nossas vontades inconfessáveis e as nossas fraquezas são ocultados – consciente ou inconscientemente – na sombra da psique. Essa parte é natural e um componente necessário na formação da nossa personalidade, tanto quanto a raiz é necessária para a árvore como um todo.
A árvore é um conjunto integrado. O ser humano também deve integrar os aspectos superiores e inferiores. A árvore é completa, é plena. Do mesmo modo, o ser humano equilibrado não busca a perfeição (já que é uma mutilação), mas sim, a plenitude. O homem só é pleno quando legitima seus impulsos subterrâneos e integra harmoniosamente os aspectos conflitantes da sua personalidade.
Trecho extraído do livro A Sabedoria da Natureza, de Roberto Otsuhttp://www.robertootsu.com/
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Bom, mas… se todos temos essa parte “podre”… e se isso é bom, porque “o ser humano busca a plenitude”… onde, então, está o problema?
Exatamente no finalzinho dessa lição… “O homem só é pleno quando legitima seus impulsos subterrâneos e integra harmoniosamente os aspectos conflitantes da sua personalidade.”(todos os grifos são meus)
“Copiaram”?
Então! Essas pessoas às quais me referi acima, não conseguem a tal integração “harmoniosa”. Deixam seu lado mais “obscuro e sujo” dominar a sua personalidade. E isso nos leva às…
Lições do Bambu
Essa vou ter que resumir, porque é mais “longuinha”… nada que lhe prejudique o sentido:
Talvez essa seja uma das características mais conhecidas do bambu. Os antigos chineses aprenderam a importância da FLEXIBILIDADE ao observar como essa planta se comporta numa ventania. Perceberam que uma árvore rígida quebra-se com um vento muito forte. O bambu não. Ele se curva e depois que o vendaval passa, volta intacto à posição original.
A flexibilidade é a capacidade de se adaptar às circunstâncias da vida, significa não ter posturas rígidas em termos físicos ou psíquicos. Uma pessoa de moral rígida demais também pode se “quebrar” como um carvalho ao vento.
Segundo os sábios orientais, a rigidez é sinal de morte. Uma pessoa rígida não vive, está morta, é como o tronco de uma árvore seca. Flexibilidade é sinal de vida. Uma planta viva é flexível, uma planta morta é rígida. Um bebê é flexível e cheio de vida, o idoso é mais duro e sem a mesma vivacidade da criança.
Flexibilidade também envolve o conceito de não-resistência. No sentido mais profundo, flexibilidade significa capacidade de não resistir às coisas naturais que nos acontecem. Por exemplo, o bambu não resiste à força do vento. É a não-resistência que evita danos.
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Outra qualidade do Bambu é o VAZIO INTERIOR. Se o bambu tivesse o talo maciço, ele seria pesado, rígido, inflexível. Com isso, os taoístas perceberam que é o vazio que garante as qualidades do bambu. O vazio é um dos conceitos fundamentais do pensamento oriental.
Para a maior parte das pessoas, o vazio tem um sentido negativo. Significa nulidade, inexistência, zero. Para os orientais é o oposto. Se o bambu tem suas virtudes por causa do caule oco, então o vazio tem um sentido positivo. O vazio é a origem de boas qualidades, é algo que se valoriza e permite a existência das coisas. Basta pensarmos de modo inverso. Se o elevador estiver lotado, não podemos entrar. Se nossa mente estiver entulhada de preocupações, não podemos pensar direito.
(…)
Para os mestres orientais, “universo”, “o todo” e “vazio” são conceitos correspondentes. Tudo nasce do vazio e tudo volta para o vazio. O mesmo vazio do bambu.
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Trecho do livro A sabedoria da Natureza, de Roberto Otsu, Editora Ágora – http://www.robertootsu.com/
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É! É a “cabeça” que manda! Está certíssimo o nosso Dr. Eduardo! Se os que já alcançaram muitas “primaveras” ficarem aí “pelos cantos”, achando que “idosos” só têm que esperar a morte… ela chega mais depressa! Fugir dela… fugir… só com pensamentos bons!
E então… como as duas coisas se complementam? Como se “casam” com o que foi afirmado no início, sobre certas pessoas?
Simples…
Para fazermos cumprir o final da primeira lição, ou seja, “O homem só é pleno quando legitima seus impulsos subterrâneos e integra harmoniosamente os aspectos conflitantes da sua personalidade”, é necessário, primeiro, que tenhamos flexibilidade, ou seja, “a capacidade de se adaptar às circunstâncias da vida, significa não ter posturas rígidas em termos físicos ou psíquicos.”
Para obtermos essa flexibilidade, é preciso que nos envolvamos com o “conceito de não-resistência” – não resistir às novas ideias… às ideias diferentes das nossas… elas também são coisas naturais que nos acontecem. Ser como o bambu, que se verga, mas nem por isso não “retorna intato à forma original”. o que significa que, se cedermos, não estaremos nos diminuindo, pelo contrário!
O bambu também nos ensina que é preciso que estejamos vazios… porque, se estivermos lotados com posições irredutíveis, não haverá espaço para outras posições… para novos conceitos… para a revisão de posturas que podem estar nos fazendo sofrer – às vezes até sem que percebamos. Ou seja: para crescermos, evoluirmos!
Isso é caótico, porque pode nos trazer inimizades gratuitas! Assim, sem mais aquela, um dia uma pessoa para de falar com outra… corta relações… só porque não suportou um pensamento diferente do dela. Isso é muito triste, porque, com toda certeza, causa mais sofrimento nessa pessoa irredutível do que na outra.
Então, a pergunta é: