Por Murilo Brasil
Me chame pelo seu nome é um “clichê” romântico que vale a pena assistir, para saborear os diálogos e as sensibilidades gritantes e espetaculares que circunda e lentamente trabalha a descoberta da sexualidade do jovem Elio que, se apaixona pelo pesquisador Oliver.
Oliver entra na história de Elio, quando vai morar um tempo na casa do jovem por causa de uma pesquisa cientifica em conjunto com o pai do garoto.
Longe de ser apelativo e tendencioso, o filme é sútil, lucido e traz de forma leve, mas real as contradições e lutas enfrentadas em qualquer processo de mudança e autoconhecimento, com foco na sexualidade do jovem.
Dizer que se trata de um “drama gay” é reduzir o filme a um tamanho injusto. Ao mesmo tempo em que ambos os personagens estabelecem, com sinceridade, uma relação própria, nada impede que eles dêem vazão a outras experiências, sobretudo no caso de Elio, que está descobrindo o mundo, por assim dizer (sim, trata-se de um “coming of age”). E, embora não estejamos falando aqui de grandes performances, ambos conseguem imprimir segurança aos papéis. Para além da “beleza estética”, esse é um dos maiores valores do longa, ou seja, evitar o lugar-comum.
Vamos, pegue sua pipoca e seu refrigerante!!!!