Olá galera!!! Tudo tranquilo com vocês? Preparados para a matéria da semana? Tô empolgada, pois é um ingrediente que eu amo de paixão, para mim o MILHO é uma matéria prima super versátil, além de deliciosa não é mesmo?
Quantas gostosuras podemos fazer com ele, vocês já pararam para pensar? Doces e salgados, pamonha, cural, bolo, sorvete, refogado, assado, cozido, farinha, pão, cuscuz, ração para animais, enfim são muitas utilidades, e em Goioerê, ele é muito mais que especial, pois virou o motivo de uma linda festa, realizada a muitos anos, que movimenta a cidade toda, atrai gente de fora, e por trás de tudo tem uma finalidade bem legal, que é ajudar o próximo.
Os primeiros registros do cultivo do milho datam de há 7.300 anos, e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no golfo do México. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa “sustento da vida”. Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e na religião. Grande parte de suas atividades diárias era ligada ao seu cultivo.
Os índios, principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros. Sua popularidade começou quando os primeiros europeus descobriram sua existência: os exploradores falavam de “um tipo de grão” que chamavam de milho, de bom sabor quando cozido seco e como farinha. Sua presença foi fundamental para a dieta e mesmo para a cultura de antigas civilizações americanas. Na América é conhecido por diferentes nomes: milho, choclo, jojoto, corn, maíz, elote.
Hoje são conhecidos cinco principais tipos de milho – Pipoca, Duro, Dentado, Farináceo e Doce e que já existiam na América por ocasião do descobrimento. Atualmente, são identificadas mais do que 250 raças, porém todas tiveram suas origens, quer direta, ou indireta, nos trabalhos dessas civilizações pré-colombianas.
No passado, o milho era comida de escravos e sempre foi utilizado em larguíssima escala para alimentar todo tipo de animal doméstico. Hoje, no Brasil, o maior produtor de milho é o Paraná, seguido de Minas Gerais, onde ele está presente em quase todas as mesas. Desde simples, cozido ou assado no ancestral forno a lenha, aos inúmeros quitutes doces ou salgados, acho que é em Minas que ele encontra sua maior expressão gastronômica. Sem fazer esforço para pensar, posso enumerar o angu, a canjiquinha, a iaiá com ioiô, as brôas de milho, o fubá suado, a canjica, o bolo de milho verde.
Em São Paulo, o milho faz uma verdadeira festa com as indígenas pamonhas vivendo lado a lado com as italianíssimas polentas. Mas, com porte imperial, é de lá que vem o prato mais vaidoso da cozinha brasileira, o cuscuz paulista. Já no Rio, não há cozido sem milho cortado em rodelas pequenas enfiadas com palitinho para sugar o sabor misturado das carnes.
Na merenda escolar, o bolo de fubá com erva-doce, delícia das delícias, para se comer quentinho com café e deixar a vida passar. No Espírito Santo, por onde a cozinha mineira escorre até o litoral, as broas, ocas, de milho, fazem a festa nas padarias. É também de lá, feito de fubá e batata- doce num inusitado sabor, o pão dos imigrantes alemães, o brote. Enfim: doce, macio, suave, dengoso, o milho tem o gosto de passado, da vida calma e da nossa terra.
Quanta coisa deliciosa não é mesmo? O milho é fantástico, versátil, e muito saboroso, como vimos pode ser utilizado de inúmeras formas, e tenho certeza que todas ficam sensacionais, e você, gosta do milho de qual jeito? Me contem, se tiverem uma receita boa com esse ingrediente, me falem, adoro trocar experiências. Para finalizar nosso papo de hoje, deixo umas receitinhas para aproveitarem o clima da Festa do Milho!! Beijos e abraços, até a próxima!!!
Cuscuz Paulista
Ingredientes
- 1 xícara de chá de azeite de oliva
- 1 cebola picada
- 1 dente de alho amassado
- 1 alho-poró picado
- 1 xícara de chá de cebolinha picada
- 1 lata de atum
- 3 xícaras de chá de palmito picados
- 1 xícara de azeitona preta picada
- 2 xícaras de chá de ervilha (opcional)
- 1 xícara de milho (opcional0
- 8 tomates picados
- 1 xícara de chá de salsinha picada
- 3 xícaras de chá de farinha de milho amarela
- 3 ovos cozidos cortados em fatias
- 1 pimentão verde picado
- 1 pimentão vermelho picado
Modo de preparo
Em uma panela, coloque um pouco de azeite e espere esquentar, refogue a cebola o alho, e os pimentões. Em seguida, acrescente a cebolinha e o alho-poró. Deixe no fogo mais um pouco.
Acrescente o atum, a sardinha, a azeitona, o palmito, a ervilha, o tomate, o milho, a salsinha e misture durante 7 minutos. Acrescente a farinha de milho e mexa mais um pouco. Deixe cozinhando mais 10 minutos até a mistura ficar homogênea e com uma aparência de molhada.
Unte uma forma com um pouco de azeite e coloque tudo em uma forma e pressione para dar forma. Deixe assim durante 30 minutos. Está pronto.
Dica
Você pode colocar os pedaços de ovo tanto na mistura cortadinho, como para enfeitar a forma na hora de servir.
Bolo de fubá cozido duas vezes
80 quadradinhos
880 g de fubá
1 kg de açúcar
1 litro e 400 ml de leite
400 g de manteiga sem sal
60 g de fermento em pó (4 colheres de sopa)
12 ovos (claras e gemas separadas)
4 saquinhos de chá de erva doce ou 2 colheres (sopa) de erva doce a granel
280 g de coco ralado
1 Junte numa panela o fubá, o leite, a erva doce, o açúcar, a manteiga e leve ao fogo até formar um angú, mexendo bem.
2 Tire do fogo e deixe esfriar. No mingau frio junte o coco ralado, as gemas e o fermento e bata bem.
3 Por último, bata as claras em neve e misture com o restante da massa. Leve para assar em tabuleiro untado em forno médio de 160º por mais ou menos 30 minutos ou até dourar.
4 Deixe esfriar no tabuleiro ou em cima da grade de metal. Apare as beiradas e corte em quadrados iguais. Sirva com café ou chá.
Panqueca de milhos
8 porções
6 ovos inteiros
100 g de farinha de trigo (pode ser metade integral)
1 colher (sopa) de fermento em pó
360 g de grãos de milho verde cozido
150 ml de leite
100 g de manteiga sem sal
Sal
Pimenta do reino (opcional)
óleo para untar
150 g de queijo minas curado em cubinhos ou ralado no ralo grosso
1 Num liquidificador coloque todos os ingredientes, menos o óleo e o queijo minas. Despeje numa tijela misturando o queijo picado.
2 Unte uma frigideira com óleo e retire o excesso com papel absorvente.
3 Coloque uma concha da massa e deixe crescer e dourar. Vire com uma espátula do outro lado para dourar. Sirva no lanche ou como acompanhamento.
Brote
15 porções
1 tablete de fermento biológico
1 xícara de água morna
1 1/2 xícara de fubá
250 g de batata doce cozida amassada
1 xícara de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1/2 xícara de manteiga derretida
1 colher (chá) de sal
1 Aqueça o forno em temperatura alta. Misture o fermento com a água e uma xícara de fubá e deixe descansar por dez minutos. Junte a batata, o açúcar, a farinha de trigo e a manteiga, misturando bem. Acrescente o sal e o fubá restante. Misture bem e, com o auxílio de uma colher de pau, forme pãezinhos.
2 Coloque na assadeira e cubra com um pano. Deixe crescer por 30 minutos.
3 Leve a assadeira ao forno e asse por 40 minutos ou até a parte superior começar a dourar.